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Biosseguridade e governança impulsionam a liderança do Brasil na produção de proteína animal

A Resiliência e o Crescimento da Produção de Proteínas no Brasil – Foto: Assessoria
Em uma entrevista exclusiva ao programa Planeta Campo Talks, Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), compartilhou uma visão detalhada sobre os avanços e os desafios do agronegócio no Brasil, especialmente no setor de carnes, frango e ovos. Para Santin, o Brasil se consolidou como protagonista global na produção de proteínas animais, sendo responsável por uma parte significativa das exportações para mercados em mais de 150 países.
Brasil: Líder Global na Produção e Exportação de Proteínas Animais
De acordo com Santin, o Brasil é um gigante no agronegócio, com uma produção impressionante de frangos, suínos e ovos. Ele destaca a importância de uma cadeia produtiva bem estruturada, com a colaboração de todos os elos, desde os produtores rurais até os consumidores finais. O Brasil se tornou o maior exportador de carne de frango do mundo e está entre os principais produtores de carne suína, superando adversidades ao longo dos anos, como o impacto das crises econômicas e desastres naturais.
Além da produção nacional, o Brasil também desempenha um papel crucial no fornecimento de alimentos para a segurança alimentar global, com destaque para as exportações de carne suína, que chegam a mais de 90 países ao redor do mundo.
A Resiliência do Produtor Brasileiro: Superando Desafios e Inovações
Santin enfatiza a resiliência dos produtores brasileiros, que enfrentam uma série de desafios, como as inundações no Rio Grande do Sul e os efeitos da pandemia, sem deixar de entregar alimentos de qualidade ao consumidor. Ele destaca o papel fundamental da integração entre o produtor rural e a cadeia produtiva, incluindo cooperativas, transportadores e frigoríficos. Essa sinergia, segundo Santin, é a chave para garantir que o Brasil mantenha sua posição de liderança.
A adaptação do produtor a novas tecnologias e à sustentabilidade é outro ponto abordado por Santin. Ele explica como a adoção de práticas sustentáveis tem sido parte integrante da produção de proteína animal no Brasil. O uso de biodigestores, energia solar, e técnicas de redução da pegada de carbono são exemplos de como os produtores têm integrado soluções tecnológicas para diminuir o impacto ambiental e aumentar a eficiência da produção.
O Papel das Novas Gerações no Agronegócio: Sucessão Familiar e Inovação
Outro tema importante abordado por Santin foi a sucessão familiar na produção agropecuária, com destaque para a participação crescente das mulheres e jovens no setor. Ele destacou o exemplo de jovens produtores que estão trazendo inovação para a indústria, utilizando tecnologias de ponta, como inteligência artificial e blockchain. Esses jovens estão transformando a produção, tornando-a mais eficiente e sustentável, enquanto ainda preservam o legado dos mais experientes.
Santin também explicou como a ABPA está trabalhando para promover a adoção de novas tecnologias na produção animal e como programas como o Família Integrada ajudam na transição geracional, capacitando os jovens a liderarem com inovação.
Expansão para Novas Regiões: O Potencial do Norte e Nordeste
O Brasil tem mostrado um grande potencial de expansão na produção de proteínas animais para regiões além do Sul do país, tradicionalmente o maior polo produtor. Santin mencionou a crescente produção no Centro-Oeste e Nordeste, destacando o impacto positivo da proximidade com os mercados internacionais, especialmente os do Norte e do Caribe.
Ele também falou sobre a importância da infraestrutura para apoiar o crescimento da produção. O projeto da Ferrovia da Integração, que ligaria o Centro-Oeste aos estados do Sul, é um exemplo de como o Brasil pode melhorar sua competitividade, tornando a logística mais eficiente e reduzindo os custos de produção.
O Futuro do Agronegócio no Brasil: Perspectivas para 2025
Quando questionado sobre o futuro do setor, Santin demonstrou otimismo em relação ao ano de 2025, apontando uma estabilidade nos custos de produção e um crescimento nas exportações. Ele previu que o Brasil continuará a se destacar no mercado global, especialmente com a diversificação das exportações para novos mercados e o crescimento da produção de carne suína, que ainda tem um grande potencial de aumento no consumo interno.
O presidente da ABPA também destacou a importância de políticas públicas que incentivem a competitividade e sustentabilidade, especialmente em relação aos impostos sobre a produção e a necessidade de modernização das infraestruturas, como ferrovias e portos.
Conclusão: O Brasil e a Segurança Alimentar Global
Ricardo Santin encerrou a entrevista destacando que a produção de alimentos no Brasil não é apenas uma questão econômica, mas também de responsabilidade social e global. O Brasil, com sua enorme capacidade de produção de proteínas, tem a responsabilidade de garantir segurança alimentar não apenas para sua população, mas também para o mundo.
Com uma visão de futuro baseada na inovação, sustentabilidade e resiliência, Santin reforçou a posição do Brasil como um parceiro estratégico para diversas nações no setor de proteínas animais. O agronegócio brasileiro, segundo ele, está mais forte do que nunca e pronto para enfrentar os desafios e oportunidades que surgirem em 2025 e além.
planetacampo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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O que o produtor rural precisa saber sobre a conferência que vai mexer com o campo

Pensar Agro/AguaBoaNews
Para o homem do campo, a COP30 não é um evento distante nem restrito aos ambientalistas. É um marco que pode mudar a forma de produzir, vender e comprovar a origem do que sai da terra brasileira. A partir de agora, sustentabilidade e documentação caminham juntas. Quem entender isso primeiro, e se preparar, estará melhor posicionado para aproveitar as oportunidades que virão.
Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agronomos de Mato Grosso (Feagro-MT), a COP30 oferece ao agro brasileiro uma grande janela de oportunidade. “Se mostrarmos que nossa produção é cada vez mais eficiente, de baixa emissão e alinhada à conservação, ganhamos acesso a novos mercados e valorização de preço. Mas para isso precisamos de clareza regulatória, crédito adequado e reconhecimento internacional”, defendeu.
“Não podemos tratar a agenda climática como algo que pesa sobre o produtor , ela pode e deve traduzir-se em ganhos concretos para quem planta, cria e exporta. Para o setor rural, o desafio é provar a sustentabilidade com a mesma naturalidade com que entra o sol no campo, sem travar o maquinário da produção”, disse o presidente do IA.
“Enquanto a COP30 define padrões globais, defendemos que o Brasil assuma a liderança negociando condições que preservem nossa competitividade. O homem do campo precisa estar pronto: rastreabilidade, certificação, contrato e logística devem caminhar juntos para que nossa safra não fique fora do jogo”, completou Rezende.
A principal transformação esperada é o aumento da cobrança por rastreabilidade e comprovação documental da origem dos produtos. Em outras palavras, não vai bastar dizer que a produção é sustentável, será preciso provar, com papel passado e assinatura reconhecida. Certificados de origem, laudos técnicos, registros de boas práticas agrícolas e documentos de conformidade ambiental tendem a se tornar obrigatórios para exportação, principalmente para países da União Europeia e da América do Norte.
Essas exigências vêm se fortalecendo desde a aprovação do Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), que entra em vigor no final do mês que vem. Ele determina que produtos como soja, carne, madeira, cacau e café só podem entrar no mercado europeu se a empresa comprovar que não houve desmatamento na área de origem — nem legal, nem ilegal. A tendência é que, após a COP30, esse tipo de exigência se amplie para outros setores, incluindo o da bioeconomia amazônica, pescados, óleos vegetais e produtos florestais não madeireiros.
Para o produtor rural, isso significa que a documentação passa a ser o novo passaporte comercial. Cada lote, cada carga e até cada hectare poderão precisar de comprovações detalhadas sobre procedência, sustentabilidade e boas práticas de produção. Quem estiver com o cadastro ambiental rural (CAR) atualizado, licenciamento em dia e certificações reconhecidas por órgãos oficiais sai na frente.
- Certificados de origem e rastreabilidade;
- Laudos de pureza e qualidade;
- Declarações de conformidade ambiental;
- Fichas de segurança de produtos (SDS), traduzidas para o idioma do país de destino;
- Relatórios de sustentabilidade e impacto socioambiental.
Apesar de parecer mais um obstáculo, esse novo padrão também pode abrir portas. A demanda global por produtos sustentáveis cresce ano a ano, e o Brasil tem potencial para liderar esse mercado — especialmente com o peso da Amazônia e do agronegócio no debate climático. Quem se antecipar às exigências, garantindo rastreabilidade e conformidade, poderá vender com valor agregado e acessar compradores mais exigentes e rentáveis.
Além disso, a COP30 deve impulsionar o financiamento verde, com linhas de crédito e investimentos destinados a quem comprovar práticas sustentáveis, preservação de floresta e redução de emissões.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Prédio do antigo Cridac passará por restauração e reforma para abrigar delegacias da Polícia Civil

Crédito – Brunna Almeida/Seplag-MT
O Governo de Mato Grosso assinou, nesta sexta-feira (17.10), a ordem de serviço para a reforma e restauração do imóvel da antiga Fundação Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac). O imóvel abrigará a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), da Polícia Judiciária Civil (PJC). O início das obras está previsto para a próxima quarta-feira (22.10).
O investimento total é de R$ 9,4 milhões. Para o vice-governador Otaviano Pivetta, a restauração do prédio histórico representa o resgate da origem da Segurança Pública em Mato Grosso. O espaço foi uma das primeiras delegacias do Estado.
“Este é um patrimônio do Estado que estava abandonado, mas revitalizá-lo é resgatar um pedaço da nossa história. É simbólico estarmos aqui com toda a equipe, que trabalha com a mesma energia e compromisso de sempre. Esse espaço voltará a servir à população com dignidade e marca o início da revitalização desta região histórica da capital”, afirmou.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) é a responsável pelo planejamento, projeto, acompanhamento e execução da reforma e restauração do prédio, por meio de Termo de Cooperação com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), nos termos do Decreto nº 1.510/2022.
O secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, ressaltou que o objetivo da revitalização é deixar o prédio em pleno funcionamento e capaz de atender a todas as demandas da Polícia Civil após a reforma. “Nossa prioridade é garantir a destinação correta e a funcionalidade do patrimônio público, promovendo sua recuperação e preservando o valor histórico deste bem estadual. É nosso dever cuidar e dar vida a essa parte importante da memória de Mato Grosso”, acrescentou.
O secretário de Segurança Pública, César Roveri, afirmou que o projeto representa melhorias tanto para os servidores quanto para a população. “Reconhecemos o empenho de todo o Governo do Estado em atender as instituições, mas, acima de tudo, em atender bem a população. Esse será um espaço centralizado, acessível e, principalmente, digno. Ao final do dia, o que realmente importa é isso: o cidadão ser bem atendido e a Segurança Pública prestar um serviço de qualidade que melhore a vida das pessoas”, pontuou.
Para a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Maidel, a obra representa um avanço para a Segurança Pública e vai garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população. “Este prédio histórico passará por uma completa modernização e abrigará unidades como a Derf, a DHPP e, futuramente, a Delegacia de Crimes Informáticos. Nosso foco é oferecer estruturas mais dignas e eficientes, aproximando ainda mais a Segurança Pública da população”, afirmou.
Edificação histórica
O imóvel, localizado na Rua Joaquim Murtinho, em frente ao Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, em Cuiabá, é do século XIX. Lá funcionou a antiga Cadeia Pública e, posteriormente, o Cridac. A edificação possui características neoclássicas, com pórtico de entrada, frontão triangular e beiral colonial tipo beira-seveira, e foi toda construída em pedra canga.
Essa parte da edificação, de 638,89 m² de área construída, é tombada como patrimônio histórico de Mato Grosso desde 1984, pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O imóvel será totalmente restaurado.
Já a outra parte da edificação, com uma área construída de 2.208,28 m², que será reformada e ampliada, é um prédio de alvenaria convencional, que fica em uma área nos fundos do complexo.
Confira mais imagens do projeto:
Dayanne Santana e Vithória Sampaio | Seplag-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Mapa e MDR articulam ações emergenciais no Amapá para produtores afetados pela vassoura-de-bruxa da mandioca

Foto: Divulgação
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quarta-feira (15) o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar das ações conjuntas do Governo do Brasil no enfrentamento da vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Amapá. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), já atinge dez municípios amapaenses, impactando a produção agrícola e a segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.
Segundo Fávaro, o enfrentamento da praga é prioridade no Mapa, que tem atuado de forma integrada para garantir o controle da doença, o apoio aos produtores e o abastecimento local. “O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária, e essa emergência sanitária está recebendo total atenção. Já estão sendo implementados convênios e investimentos para o custeio da defesa agropecuária no Amapá, no valor de R$ 2,2 milhões. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los, sem precarizar o trabalho”, assegurou o ministro.
Entre as medidas já adotadas, o Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira, medida que garante renda aos produtores e o fornecimento contínuo de alimentos à população. A macaxeira, também conhecida como mandioca de mesa, é consumida cozida e passou a ter autorização para processamento, corte e embalagem nas próprias regiões produtoras, permitindo sua chegada direta ao consumidor, seja nas feiras, nos supermercados ou por venda direta. Já a mandioca braba utilizada para produção de farinha teve flexibilização na comercialização, com autorização para que o processamento seja feito na própria comunidade rural, em casas de farinha móveis, e a farinha possa ser transportada e comercializada de forma segura. “Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.
O ministro destacou também os investimentos do Mapa em pesquisa e inovação, conduzidos pela Embrapa, com o objetivo de desenvolver variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à doença. “O governo do presidente Lula garantiu reforço orçamentário à Embrapa, e já solicitamos à presidente Silvia que esse tema seja prioridade número um da pesquisa. É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar. Enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias, que completam o ciclo produtivo e garantem alimento à população do Amapá até que a variedade resistente esteja disponível”, completou.
O ministro Waldez Góes ressaltou que o trabalho conjunto entre o governo federal, o estado e os municípios tem sido essencial para mitigar os impactos sociais e econômicos causados pela doença. “Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. Essa cultura faz parte do nosso hábito alimentar, tanto do índio quanto do não índio. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito com situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em pesquisa e ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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