Agronegócio
Volume de exportação de tilápia cresce 47% em 2024 e vai para 27 países

Foto: Jonathan Campos/AEN
Líder na produção e exportação de tilápia há vários anos, o Paraná tem mantido um crescimento constante tanto em uma quanto na outra atividade. Entre 2022 e 2023 (último dado), a produção estadual aumentou em 30,8%, enquanto a exportação nesse mesmo período subiu 0,29%. Mas em 2024 foram enviados ao exterior 47% a mais que no ano anterior em volume.
“Essa é uma importante cadeia de produção para o Estado do Paraná. Nós queremos investir cada vez mais e proteger sempre de qualquer ameaça que possa colocar em risco o crescimento, como uma eventual importação”, afirmou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza.
Em 2024, o Brasil exportou 53,8 mil toneladas de pescados, arrecadando US$ 272,9 milhões. De tilápia foram 10,8 mil toneladas. Dessas, o Paraná foi responsável por enviar 7,6 mil toneladas – o que representa 70,3% do total nacional – a um custo de US$ 34,6 milhões. No ano anterior o Estado tinha enviado 5,2 mil toneladas, com arrecadação de US$ 18,6 milhões (crescimento de 47% e 87%, respectivamente).
Entre os 27 países que compraram os peixes paranaenses no ano passado, o destaque são os Estados Unidos, com 7,4 mil toneladas. Em 2023 tinham sido 4,4 mil toneladas compradas pelos americanos. Os recursos que entraram no Paraná subiram de US$ 17,6 milhões para US$ 34,3 milhões. O Canadá investiu em 2024 US$ 227,8 mil para comprar 95,7 toneladas. No período anterior tinham sido 20 toneladas por US$ 45,9 mil.
PRODUÇÃO – O investimento em produção e industrialização da tilápia tem sido constante no Estado, tanto por empresas privadas como o frigorífico Mais Fish, de São João do Ivaí, a Alpha Fish, de São Jorge d’Oeste, e a GT Foods em Mandaguaçu, quanto de cooperativas como a Copacol, a Coopermota e a C.Vale.
O levantamento feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, mostra que em 2021 o Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) de tilápia chegou a R$ 1 bilhão, com a produção de 145 mil toneladas em 362 municípios.
No ano seguinte o aumento foi de 20,9% em valor, alcançando R$ 1,2 bilhão, e de 14% em produção, com 165,5 mil toneladas produzidas em 365 municípios. Em 2023 foram 360 os municípios que produziram essa espécie de peixe de forma comercial, com arrecadação de R$ 1,6 bilhão (30,8% a mais) e produção de 179 mil toneladas (8,1% de acréscimo).
A maior concentração de produtores de tilápia está na região Oeste do Estado, com liderança de Nova Aurora, de onde saíram 19,5 mil toneladas que renderam R$ 179,5 milhões. É seguido por Palotina, com 15,2 mil toneladas e R$ 139,8 milhões de VBP. Assis Chateaubriand foi o terceiro (14,6 mil toneladas e R$ 134,5 milhões).
Além da tilápia, as águas doces do Paraná produzem outras espécies de peixes, que no VBP de 2023 somaram R$ 117,2 milhões para uma produção de 10,3 mil toneladas. Também foram produzidas mais de 555,6 milhões de unidades de alevinos, que tiveram VBP de R$ 165,5 milhões. Os pescados marinhos resultaram em R$ 48,6 milhões em valor de produção para 2,6 mil toneladas.
IMPORTAÇÃO – O Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que acompanha o comércio exterior do setor agropecuário, não registrou nenhuma importação de tilápia no ano passado. Respeitou-se uma determinação do Mapa que em fevereiro havia proibido qualquer compra.
No ano anterior, o Brasil havia importado 25 toneladas de tilápia do Vietnã, pagando US$ 118,1 mil. O setor produtivo e seus representantes se posicionaram contra, alegando principalmente a possibilidade de riscos sanitários. Em razão disso o governo havia determinado a suspensão de importações.
O Mapa expediu portaria no final de 2024, instituindo uma Consulta Pública para análise de risco de importação de produtos derivados de tilápia destinados ao consumo humano, o que está sendo feito neste momento em todo o Brasil.
(Com AEN/PR)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

Foto: Seane Lennon
A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).
Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.
Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.
Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

Foto: Divulgação
Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.
O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.
No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.
Maiores altas acumuladas em 2025
No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).
AGROLINK & ASSESSORIA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior
Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.
O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.
A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.
Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.
Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.
A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.
Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.
Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.
Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso
Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.
O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro
De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.
Cenário exige atenção ao mercado e ao clima
Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.
O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.
Fonte: CENÁRIOMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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