Agricultura
Especialista alerta para cuidados na hora de dessecar a soja

O engenheiro agrônomo e representante de vendas da Sell Agro, Bruno Kavamura, explica que a dessecação é uma prática cada vez mais comum em Mato Grosso, especialmente entre os produtores que também cultivam algodão safrinha. “Este método tem o objetivo de acelerar o fim do ciclo reprodutivo da soja, promovendo uma desfolha rápida e eficiente através da aplicação correta de herbicidas”, diz.
O momento ideal para a operação, segundo o especialista, é durante a fase R7.2, quando 76% das folhas e vagens da planta já estão amareladas. Nesse estágio, a soja atinge seu ponto máximo de maturação, o que torna a aplicação mais eficaz. “No entanto, a prática exige cuidado e precisão, principalmente em anos como este, quando o clima tem apresentado desafios para os produtores”. Também o produtor não deve se adiantar, querendo tirar o atraso da colheita, endossa Kavamura.
Atualmente, o Diquate é o princípio ativo mais utilizado para esse processo no Estado. Embora o controle de plantas daninhas seja um fator importante, a principal preocupação nesta operação é garantir uma desfolha bem-feita, já que isso contribui para o aumento da produtividade na colheita.
Chuva gera cautela
Este ano, segundo o especialista da Sell Agro, a dessecação precisa ser bem programada, principalmente devido às condições climáticas adversas que os agricultores têm enfrentado. O excesso de chuvas e a alta umidade podem comprometer a qualidade da soja se a colheita não ocorrer no tempo adequado, levando a perdas significativas e que podem chegar a 100% em algumas áreas. “Porém, isso não é motivo para acelerar as etapas e trocar os pés pelas mãos”, reforça.
Outro fator importante a ser considerado é a dosagem correta do herbicida, sem exageros, além do descarte correto das embalagens vazias, que é essencial para a preservação ambiental. “Caso a dessecação seja adiantada, a colheita também ocorrerá mais cedo, enquanto um atraso na dessecação pode gerar um impacto direto no calendário”, destaca Kavamura.
Além disso, a safra deste ano foi afetada pelas condições climáticas, com dias muito chuvosos e nublados, o que resultou em um alongamento do ciclo da soja e, consequentemente, impactou o planejamento inicial da safra.
Dicas
O especialista explica que para melhorar a eficácia da dessecação, é recomendada a utilização de adjuvantes que potencializam a ação dos herbicidas, além de uma regulagem correta das máquinas de pulverização e o uso de bicos adequados para a aplicação, garantindo que todo o processo seja realizado da melhor maneira possível.
A Sell Agro, por exemplo, disponibiliza o adjuvante Ophion 4.0. “Este é multitarefa potencializador de herbicidas, que atua reduzindo a evaporação das gotas, aumentando a cobertura foliar e a penetração na camada cerosa das folhas. Isso garante um maior efeito do ingrediente ativo na planta”, diz o profissional da empresa. No preparo de calda, o produto atua reduzindo a espuma, sequestrando cátions e conferindo peso às gotas para reduzir a deriva durante a aplicação.
Sell Agro – Fundada em 2007, a Sell Agro atua na produção de adjuvantes agrícolas, com sede em Rondonópolis-MT, e estrutura moderna com amplo laboratório de pesquisa e equipe altamente qualificada, composta por engenheiros químicos e agrônomos. As soluções da empresa têm foco na geração de economia e, ainda, em potencializar os resultados das lavouras. Mais informações: https://sellagro.com.br.
Kassiana Bonissoni / Rural Press/AguaBoaNews
Colaborou: Astrogildo Nunes astrogildonunes56@gmail.com
Agricultura
Na primeira semana, gripe aviária impacta mais o preço do boi que o do frango

Com a ocorrência do caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil a cautela dos operadores de tanto para os os setores de carnes como também de grãos. O levantamento do Cepea mostra que, após uma semana de confirmação, o mercado interno da carne de frango não sofreu grandes alterações na oferta.
De 15 a 20 de maio, o frango resfriado no atacado da Grande São Paulo desvalorizou 1%, conforme aponta o instituto. A justificativa seria o enfraquecimento da demanda na segunda quinzena, como típico para o período. Já para os suínos, o ritmo de queda foi ainda mais leve. O preço da carcaça especial caiu 0,5% da última quinta até essa terça (20).
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Por outro lado, a cotação da carcaça casada bovina recuou fortemente, em 3,7% no atacado da Grande São Paulo. Também neste mercado, os preços dos animais para abate e da carne vinham em baixa, mas as quedas a partir da sexta-feira se intensificaram.
De acordo com pesquisadores do Cepea, a desvalorização se dá, principalmente, devido às vendas fracas da proteína na segunda quinzena e também à pressão por parte dos frigoríficos na compra de novos lotes. Isso que sinaliza que o mercado pecuário está refletindo de forma intensa os impactos de eventual aumento da oferta interna de carne de frango.
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Agricultura
‘Transferência de Embriões’ fortalece produção de leite de pequenos criadores no Ceará

A rotina nas pequenas propriedades rurais do Sertão Central do Ceará tem mudado com a chegada de uma tecnologia antes restrita aos grandes criadores.
A técnica de Transferência de Embriões (TE) vem mudando o perfil genético do rebanho leiteiro e elevando a produção nas pequenas propriedades da região.
Municípios como Solonópole, Milhã e Senador Pompeu já colhem os primeiros frutos.
O projeto, iniciado em 2023, realiza inseminações com alto índice de sucesso.
Só em 2024, Solonópole registrou 130 matrizes inseminadas.
O projeto realizado pelo Sebrae/CE, em parceria com a FAEC-Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Senar, Sinrural e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), vem se revelando um autêntico caso de sucesso no aprimoramento genético do rebanho da região.
A técnica permite aproveitar a genética de fêmeas e machos superiores para gerar animais mais produtivos, resistentes e adaptados ao clima local.
Atualmente, o custo da prenhez gira em torno de R$ 480, mas os produtores recebem subsídio, facilitando o acesso à tecnologia de ponta.
Cada embrião transferido representa um salto genético de pelo menos duas gerações.
Tecnologia acessível e impacto rápido
Com o uso da MOTE (Múltipla Ovulação e Transferência de Embriões), doadoras selecionadas têm seus oócitos (células germinativas femininas) coletados e fecundados com sêmen de touros de alta performance.
Os embriões são cultivados em laboratório até atingir o estágio adequado para transferência.
“É uma iniciativa que vem impactando diretamente para a evolução do rebanho local, porque a partir da implantação dessa tecnologia, os produtores conseguiram ampliar o nível genético do plantel de suas propriedades, possibilitando assim melhores ganhos”, diz Cleverson Carlos, articulador do Sebrae Regional Sertão Central.
A expectativa é ousada: beneficiar mil produtores e introduzir 3 mil animais melhorados em três anos, aumentando em até 25% a produção de leite no estado.
“A nossa expectativa é de que esse melhoramento genético adicione cerca de 500 mil litros de leite por dia à produção cearense, o que representa um incremento de 25% na produção do Estado”, afirma Amílcar Silveira, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC).
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Produtores já sentem a diferença
Edgar Ribeiro, produtor da região, elogia a iniciativa que vem sendo realizada, com a participação do Sebrae/CE.
De acordo com Ribeiro, o projeto irá aprimorar a genética do rebanho e aumentar a eficiência produtiva e reprodutiva das propriedades.
Beto Pinheiro, também produtor, ressalta que com a identificação das doadoras, que são selecionadas dentre as fêmeas, é possível garantir uma boa genética e características desejadas para os futuros animais.
Além disso, a tecnologia também devolve confiança e competitividade ao pequeno produtor.
Portanto, com mais leite no tanque e genética de ponta no curral, aumenta a renda e a autoestima do homem do campo.
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Agricultura
Vassoura-de-bruxa da mandioca é confirmada em território indígena

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco da praga quarentenária vassoura-de-bruxa da mandioca no Pará. O caso foi divulgado pela pasta nesta semana.
A ocorrência foi registrada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque, localizada no extremo norte do município de Almeirim, próxima à fronteira com o Suriname.
A inspeção foi realizada em 28 de abril por técnicos da Superintendência de Agricultura e Pecuária do Amapá (SFA/AP) e da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado do Amapá (Diagro), após recebimento de denúncia. As plantas com sintomas suspeitos estavam na Aldeia Bona, localizada na Terra Indígena do Parque do Tumucumaque.
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Duas amostras de material vegetal foram coletadas e enviadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Goiás (LFDA/GO). Os laudos oficiais confirmaram a presença da praga em ambas as amostras.
Doença em área de difícil acesso
O foco encontra-se em uma área remota, de difícil acesso, onde vivem comunidades indígenas com vínculo administrativo apenas com o estado do Amapá. A região está distante das principais zonas produtoras de mandioca no Pará e só é acessível por meio de voos fretados.
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), em parceria com o Mapa, realiza levantamentos fitossanitários em todo o estado como parte do plano emergencial para prevenção da praga.
Segundo a autarquia, até o momento, não há registro de suspeitas em áreas comerciais de produção nem interceptação de material vegetal suspeito nas barreiras de fiscalização instaladas.
Detecção da vassoura-de-bruxa
O Mapa esclarece que a vassoura-de-bruxa não tem relação com a praga do cacaueiro. Embora o fungo não ofereça risco à saúde humana, é altamente destrutivo para as lavouras de mandioca.
A praga foi detectada pela primeira vez em 2024 pela Embrapa Amapá, em terras indígenas de Oiapoque. A doença causa ramos secos e deformados, nanismo, proliferação de brotos fracos e finos nos caules, clorose, murcha, seca das folhas e morte das plantas.
A dispersão ocorre principalmente por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, solo e água.
*Sob supervisão de Victor Faverin
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