Agricultura
Governo Lula vai elaborar PAC da Agricultura Familiar

Cooperativas e associações da agricultura familiar têm até hoje para apresentar projetos ao PAA – Reprodução
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar criou grupo de trabalho para elaborar proposta de Programa de Aceleração do Crescimento da Agricultura Familiar.
De acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU), compete ao grupo de trabalho colher, analisar e sistematizar propostas apresentadas pelas organizações representativas do cooperativismo solidário e demais organizações da sociedade civil relacionadas ao desenvolvimento rural sustentável.
O grupo terá duração de 180 dias, prorrogáveis se necessário, devendo elaborar relatório final das atividades, que será encaminhado ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Pedro Teixeira.
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Portaria MDA nº 1, de 21 de janeiro de 2025
Institui Grupo de Trabalho com objetivo de elaborar proposta de Programa de Aceleração do Crescimento da Agricultura Familiar – GT PAC/AF.
O MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E AGRICULTURA FAMILIAR, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição Federal, o art. 25 da Lei nº 14.600, de 19 de junho de 2023, o Decreto nº 11.396, de 21 de janeiro de 2023, resolve:
Art. 1º Fica instituído, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Grupo de Trabalho com o objetivo de elaborar proposta de Programa de Aceleração do Crescimento da Agricultura Familiar – GT PAC/AF.
Art. 2º Compete ao Grupo de Trabalho:
I – colher, analisar e sistematizar propostas apresentadas pelas organizações representativas da agricultura familiar e do cooperativismo solidário e demais organizações da sociedade civil relacionadas ao desenvolvimento rural sustentável para a elaboração do PAC da Agricultura Familiar; e
II – apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Agrário relatório e parecer técnicopolítico a partir das propostas colhidas, com sugestões para a elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento da Agricultura Familiar.
Art. 3º O Grupo de Trabalho será composto por representantes, titulares e suplentes, das seguintes unidades:
I – Nove representantes do MDA e suas vinculadas, sendo:
a) um representante da Assessoria Especial do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – AESP/MDA, que o coordenará;
b) um representante da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – SE/MDA;
c) um representante da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – ASPAD/MDA;
d) um representante da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – SE/MDA;
e) um representante da Secretaria de Agricultura Familiar e Agroecologia do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – SAF/MDA;
f) um representante da Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – SEAB/MDA;
g) um representante da Secretaria Executiva dos Órgãos Colegiados da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar – SE/MDA;
h) um(a) representante da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB; e i) um(a) representante do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA.
II – quatro representantes da sociedade civil indicados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável – Condraf;
III – quatro representantes de organizações representativas da agricultura familiar indicadas pelo Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
§ 1° O Grupo de Trabalho será coordenado pela Assessoria Especial – AESP/MDA.
§ 2° Cada representante do Grupo de Trabalho terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos.
§ 3° Os representantes titulares e suplentes, serão indicados pelo titular das Unidades que representam e designados por ato do Ministro de Estado Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
§ 4° O Grupo de Trabalho reunir-se-á mensalmente e, extraordinariamente, mediante convocação do coordenador com antecedência mínima de dois dias.
§ 5° O quórum de reunião do Grupo de Trabalho é de metade mais um dos membros e o quórum de aprovação é de maioria simples.
§ 6° Poderão ser convidadas a participar das reuniões do Grupo de Trabalho as demais áreas temáticas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar quando tratarem de assuntos pertinentes à área.
§ 7° A Secretaria Executiva do Grupo de Trabalho, que lhe prestará o apoio administrativo necessário, será exercida pela Assessoria de Participação Social e Diversidade – ASPAD/MDA.
§ 9° Poderão participar das reuniões do Grupo de Trabalho, como convidados especiais, sem direito a voto, pessoas de notório saber em assuntos referentes ao tema em questão, os quais poderão emitir pareceres para apreciação do Grupo de Trabalho.
§ 10. As reuniões serão realizadas presencialmente ou por meio de videoconferências para representantes e convidados que se encontrem no Distrito Federal, e por meio de videoconferência para aqueles que se encontrarem em outros entes federativos.
Art. 6º A participação no Grupo de Trabalho será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
Art. 7º O Grupo de Trabalho terá duração de 180 (cento e oitenta) dias, prorrogáveis se necessário. Parágrafo único. O relatório final das atividades do Grupo de Trabalho será encaminhado ao Ministro de Estado de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
LUIZ PAULO TEIXEIRA FERREIRA
Lucione Nazareth/VGNAgro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Segunda safra em risco: quebra de tecnologia no milho exige urgência na adoção de novas estratégias de manejo

Divulgação
Muitos agricultores que fizeram o cultivo de milho na segunda safra de 2025 tiveram mais gastos com o uso de inseticidas para o combate da lagarta Spodoptera frugiperda, também conhecida como lagarta-do-cartucho. Isso porque a biotecnologia VIP, usada em sementes de milho e considerada uma das principais ferramentas de resistência e controle da Spodoptera frugiperda, demonstrou perda de eficácia com a adaptação do inseto, o que já vinha sendo relatado nas safras anteriores. Diante deste cenário, muitos produtores mato-grossenses precisaram fazer o uso mais intenso de inseticidas nesta safra, o que trouxe impactos nos custos de produção.
“Alguns produtores nem tinham inseticidas suficientes para aplicar nas áreas, porque, teoricamente, era algo de que não precisariam. Eles tinham dentro do planejamento uma ou duas aplicações, caso fosse necessário. Mas, nesse ano, houve casos de produtores que tiveram que fazer seis ou até sete aplicações em lavouras de milho devido à baixa eficiência das biotecnologias”, explica a pesquisadora Mariana Ortega, especialista na área de entomologia pela Fundação Mato Grosso.
Ainda de acordo com a pesquisadora, a tecnologia VIP é baseada na inserção de uma proteína em cultivares de milho para conferir resistência da planta à praga. Além disso, é a mais recente que existe no mercado. Diante desse cenário de quebra da biotecnologia, a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso vem reforçando o trabalho de orientação técnica quanto ao uso correto dos inseticidas disponíveis. “Algumas moléculas de defensivos já demonstram queda de eficiência também e, com o uso mais frequente, esse problema pode se agravar. Se não forem aplicadas da maneira certa e no momento adequado, podemos perder também as ferramentas químicas de combate aos insetos, principalmente lagartas que atacam o milho”, alerta a pesquisadora da Fundação MT.
Para preservar a eficácia dos produtos, a pesquisadora destaca a importância do monitoramento constante de pragas na lavoura. “Algo que já era importante, mas agora se tornou essencial. Monitorar permite ao produtor tomar decisões mais precisas, aplicar os produtos no estágio correto da praga e aumentar a eficiência do controle”, destaca Mariana Ortega.
Além dos químicos, o controle biológico surge como aliado indispensável. A Fundação MT tem realizado pesquisas em parceria com empresas do setor, mostrando que, em associação com inseticidas químicos, os biológicos potencializam os resultados e conseguem alcançar a lagarta em locais de difícil acesso, como o interior do cartucho ou da espiga.
“Não se trata de escolher entre químico ou biológico, mas de combinar os dois. O químico age rápido, mas por pouco tempo. O biológico tem ação mais lenta, mas permanece por mais tempo no ambiente. Juntos, formam uma estratégia mais robusta e sustentável”, afirma a pesquisadora.
Safra 24/25 tem alta produtividade, mas quebra de tecnologia acende alerta para cultivos futuros

Apesar dos desafios enfrentados pelo produtor rural nesta segunda safra de milho em Mato Grosso, a colheita avança com resultados positivos. De acordo com dados do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), até o momento mais de 90% da área já foi colhida. O estado, líder nacional na produção do grão, deve alcançar 54 milhões de toneladas na safra 24/25 — volume 14,52% superior ao registrado na temporada anterior. A produtividade média também foi revisada, subindo de 117,74 para 126,25 sacas por hectare, o que representa um aumento de 10,66% em relação à safra anterior.
No entanto, o bom desempenho vem acompanhado de um alerta técnico: a quebra da tecnologia VIP no controle da lagarta Spodoptera frugiperda preocupa pesquisadores e produtores e pode comprometer os resultados e custos das próximas safras. A especialista da Fundação MT, Mariana Ortega, reforça que o momento exige uma mudança de postura no manejo fitossanitário das lavouras, principalmente de segunda safra, uma vez que não existem, no curto prazo, novas biotecnologias disponíveis para proteção do milho.
“O desafio é grande, mas temos ferramentas para enfrentar esse momento. Monitorar, aplicar corretamente e combinar estratégias será o caminho para reduzir perdas e garantir sustentabilidade ao sistema produtivo. O produtor precisará associar o uso de controle químico e biológico, monitoramento de mariposas e atrativos alimentares, entre outras ferramentas”, orienta Mariana Ortega.
Consultoria e pesquisa para um manejo mais eficiente no campo
Para ajudar o produtor rural nas tomadas de decisões mais assertivas, a Fundação Mato Grosso oferece o serviço de consultoria agronômica, por meio do qual realiza o acompanhamento das áreas. O grupo de pesquisadores também segue pesquisando a eficiência de todas as ferramentas de controle disponíveis no mercado, como armadilhas para monitoramento de adultos, atrativos alimentares, feromônio sexual, além dos produtos químicos e biológicos.
“O nosso papel enquanto pesquisa é subsidiar os consultores com informações sobre o melhor momento de utilização dessas ferramentas, para juntos garantirmos o manejo eficiente dessa praga dentro do sistema de produção. Lembrando que se trata de uma praga de difícil controle e pode causar danos expressivos”, disse a pesquisadora Mariana Ortega.
cenariomt
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
CNA discute impactos do tarifaço na cadeia de frutas

Foto: Wenderson Araujo
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, uma reunião extraordinária da Comissão Nacional de Fruticultura para discutir impactos das tarifas anunciadas pelo governo americano às exportações brasileiras de frutas e as estratégias para mitigação dos efeitos para o setor.
Na abertura do encontro, o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, falou sobre como as tarifas podem impactar as cadeias produtivas.
“Temos ações em andamento, como a defesa do agro brasileiro em relação a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Também estamos realizando o mapeamento, com a ajuda das Federações, dos impactos da taxação nas principais frutas e demais produtos exportados pelo Brasil para o mercado americano, com o intuito de subsidiar as interações com a iniciativa privada via as Câmaras de Comércio”.
Para a presidente da Comissão, Lígia Carvalho, a reunião foi fundamental para alinhar posicionamentos, ouvir contribuições de representantes do setor e definir um plano de ação conjunto que permita defender os interesses dos produtores brasileiros. “O diálogo constante entre o setor, as entidades representativas e o poder público é essencial para superar desafios como este e assegurar o fortalecimento da fruticultura nacional”.
Em seguida, a assessora técnica da CNA Letícia Barony fez uma apresentação sobre as principais frutas exportadas pelo Brasil aos Estados Unidos em 2024 e os Estados que deverão ser mais impactados pela medida do governo Trump. A manga e a uva representaram, juntas cerca de 40% de todas as frutas vendidas para os EUA.
Segundo os dados da Comex Stat, o Estado mais afetado será a Bahia, que exporta 83% da manga brasileira, seguido de Pernambuco com a uva (77%), Espírito Santo com o mamão (99%) e Ceará, que exporta 54% da melancia e 78% do melão brasileiro.
Em relação ao cacau e seus produtos, Bahia foi responsável por 74% do total embarcado para o país norte-americano, São Paulo 14% e Minas Gerais 4%.
O assessor de Relações Internacionais da CNA Pedro Rodrigues fez um panorama da política tarifária americana e a escalada no cenário internacional. Pedro enfatizou a importância de se ter uma análise de impactos nas regiões para construir a defesa do setor.
Por CNA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
MT: produção e exportação de milho batem recorde

Foto: Canva
A análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (4), atualizou as estimativas de oferta e demanda de milho para a safra 2024/25. Segundo o instituto, a produção no ciclo foi projetada em 55,10 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 13,13% em relação à temporada anterior, resultado diretamente associado à safra recorde registrada no estado de Mato Grosso.
Em relação à demanda, a projeção atual é de 53,70 milhões de toneladas, com crescimento de 10,48% frente à safra passada. O Imea aponta que esse avanço é reflexo, principalmente, do aumento nas exportações previstas para o período. A estimativa para os embarques internacionais é de 28,05 milhões de toneladas, o que representa uma elevação de 15,90% em comparação ao volume exportado na safra 2023/24.
O consumo interno em Mato Grosso também apresentou crescimento. A nova projeção indica 17,41 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,72% em relação à safra anterior, o que corresponde a 32,42% da demanda total estimada.
Com esse desempenho, os estoques finais da safra 2024/25 foram previstos em 1,41 milhão de toneladas. Segundo o Imea, esse resultado é consequência direta da elevada produção registrada no estado, consolidando a atual temporada como recorde não apenas em produção, mas também em consumo e em volume estocado, superando os números observados na safra 2022/23.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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