Suinicultura
Em 2025, suinocultura deve seguir apostando no mercado externo

por Pixabay
Depois de registrar um 2024 bom no mercado interno e externo, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas.
Do lado oferta, estimativas preliminares do Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais.
O excelente desempenho das exportações nos últimos anos está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China.
Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações.
Estudos do Cepea apontam que, em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando 1,22 milhão de toneladas.
No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados.
Estimativas do USDA apontam crescimento de 1,8% no consumo per capita de carne suína no Brasil em 2025. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo do ano de 2025, pesquisadores do Cepea indicam que o volume produzido de carne de suína deverá atingir cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024.
Fonte: Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Suinicultura
Porco Moura: sinônimo de maciez e suculência

Foto: Projeto Porco Moura/UFPR
O Paraná consolidou-se como o segundo maior produtor de suínos do Brasil em 2024, com uma produção de 12,4 milhões de porcos, representando 21,5% da suinocultura nacional. Além da relevância industrial, o Estado tem se destacado na criação da raça Moura, nativa e conhecida por sua carne de qualidade, que se assemelha aos melhores cortes bovinos.
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) desempenha um papel essencial com o Projeto Porco Moura, criado em 1985, descontinuado no início dos anos 2000, e retomado em 2014, garantindo o resgate da raça e sua importância histórica. Atualmente, o Paraná concentra 74% da produção brasileira de porcos Moura, que somam cerca de 2.600 exemplares distribuídos em 21 municípios.
A raça Moura possui uma trajetória rica, com origem ligada às missões jesuíticas espanholas na América. Historicamente, sua banha foi utilizada como combustível no período anterior à industrialização. Porém, mudanças no mercado, como o foco na produção de carne e a chegada da peste suína africana, reduziram drasticamente sua presença.
O tempo de engorda do Moura, que pode ultrapassar 300 dias, e os altos custos de produção são desafios que diferenciam essa raça dos porcos industriais. Contudo, sua carne, com marmoreio acentuado e sabor único, tem conquistado espaço em restaurantes, mercados e charcutarias gourmet.
A busca pelo selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI, desde 2018) é uma estratégia dos produtores para valorizar a raça Moura. Além disso, iniciativas legislativas e normas de biosseguridade têm sido implementadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para fortalecer a produção em sistemas de campo aberto.
Em 2024, o Moura foi declarado Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná, reforçando seu papel na identidade e economia do Estado. O futuro aponta para a criação de novos mercados e a valorização de raças não industriais, à exemplo da produção de alto valor agregado na Espanha.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Suinicultura
Preços do suíno vivo e da carne mostram recuperação em fevereiro

Foto: Lucas Cardoso
Após registrarem queda em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne apresentaram forte recuperação em fevereiro, atingindo um recorde nominal para o período, conforme a série histórica do Cepea iniciada em 2002. Esse aumento foi impulsionado pela baixa disponibilidade de animais para o mercado interno, especialmente aqueles com peso ideal para abate.
As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, recuaram levemente em janeiro, mas voltaram a crescer em fevereiro. O volume exportado e a receita alcançada registraram recordes para um mês de fevereiro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), cuja série histórica teve início em 1997. O crescimento das exportações foi impulsionado pelos maiores embarques para mercados como Filipinas, México e Hong Kong.
No mercado interno, o poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos, como milho e farelo de soja, melhorou em fevereiro. Esse movimento foi favorecido pela valorização do suíno vivo, pela queda nos preços do farelo de soja e pelos aumentos menos expressivos nos valores do milho.
Já no comparativo com outras proteínas, a carne suína perdeu competitividade frente às principais concorrentes, bovina e de frango. No atacado da Grande São Paulo, tanto a carne suína quanto a de frango tiveram elevação de preços em fevereiro, mas a alta da suinocultura foi mais expressiva. Em contrapartida, a carcaça bovina apresentou desvalorização no período.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Preço do suíno vivo sobe em Mato Grosso com melhora na reposição

Divulgação
O preço do suíno vivo pago ao produtor mato-grossense registrou valorização na primeira quinzena de fevereiro de 2025, atingindo média de R$ 7,70 por quilo, um aumento de 3,63% em relação ao mesmo período de janeiro.
A carcaça suína também apresentou alta, com avanço de 1,24% no mesmo comparativo, chegando a R$ 12,21 por quilo. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pela melhora na reposição entre atacado e varejo, favorecida pela entrada da massa salarial, que aqueceu o consumo.
O mercado segue atento à demanda interna e às oscilações no custo de produção, fatores que podem influenciar os preços nos próximos meses.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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