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SOJA

Produtores relatam preocupação com a colheita de soja na região Leste de Mato Grosso

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Foto: Leandro Andrade

Na terceira semana da série MT Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu a região leste de Mato Grosso, visitando cinco cidades para mostrar a realidade das lavouras.

Em depoimentos, produtores destacaram os desafios enfrentados devido às condições climáticas, que impactaram o plantio e preocupa a colheita da soja. O produtor de Água Boa, César Giacomolli comentou sobre as fortes chuvas que prejudicaram o início do plantio da soja.

“As primeiras chuvas foram muito fortes, de até 100 milímetros, atrapalharam um pouco no início, mas depois normalizou. E agora estamos monitorando as lavouras, porque a umidade sempre traz pragas e doenças fúngicas “.

Já em Canarana, o delegado Fabian Gross enfrentou o excesso de chuvas, o que comprometeu parte da produção.

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“Estamos em um período de muita chuva, em especial no mês de novembro, agora estamos na segunda semana de dezembro, abriu um sol, mas passamos um sufoco na época do plantio muito grande”, disse ele.

O atraso no plantio gerou ainda preocupações em diversas cidades da região, como em Confresa e Querência, onde os produtores temem problemas na colheita.

“Acho que basicamente Mato Grosso inteiro sofreu com o atraso de plantio inicial. O ano passado foi um plantio que começou um pouco mais cedo, parando devido ao clima seco, mas esse ano foi um plantio contínuo, isso nos proporcionou uma janela de plantio curta. Agora estamos preocupados com a chuva na colheita”, afirmou o delegado do núcleo Araguaia-Xingu, Sávio Barbosa.

Já em Querência, o delegado da Aprosoja-MT, Luis Paulo Anese destacou o risco de congestionamento nos armazéns.

“Estamos com medo na colheita de ter um gargalo nos armazéns por causa do excesso de umidade, se as chuvas que estão previstas lá em fevereiro se concretizarem, estamos com medo de ter problema lá na frente na colheita”, declarou o produtor.

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Em Porto Alegre do Norte, o produtor e delegado coordenador do núcleo Araguaia-Xingu, Reginaldo Brunetta, também compartilhou sua preocupação com a logística e a armazenagem.

“A gente tem problemas que tiram o sono, principalmente logística e armazenagem, devido a esse atraso de plantio, o que aconteceu foi um acúmulo de plantio no período muito curto, então isso preocupa muito a logística e o processamento desses grãos no armazém”.

A série MT Clima e Mercado tem sido fundamental para que produtores de todo o país compreendam os desafios enfrentados em Mato Grosso. Atrasos no plantio podem afetar a área destinada à segunda safra e até levar a uma aposta em outras culturas, como sorgo e gergelim.

Diego Dallasta, vice-presidente leste e Lauri Pedro Jantsch, também vice-presidente leste destacaram a importância da série para os produtores.

“A gente era carente de informações acerca de todas as regiões do estado, então a Aprosoja MT com o passar dos anos, vai criando esse vínculo maior ainda com todos os produtores de todo o Brasil, e dando um respaldo maior de informações para o produtor rural, e para toda a sociedade em geral”, destacou Diego Dallasta.

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Já Lauri completou sobre a importância de entender a situação das lavouras. “É muito importante para nós produtores sabermos a real situação das lavouras de todo o estado, e assim termos um panorama geral de toda a safra, acho um trabalho muito importante esse trabalho que a Aprosoja está fazendo”, disse ele.

Na próxima segunda-feira (16.12), a equipe da Aprosoja MT seguirá para a região oeste, marcando a última semana da terceira edição da série.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Comercialização da soja avança em Mato Grosso e preços têm variações distintas entre safras

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Safra em MT terá recorde histórico; soja com produtividade média – Foto CenárioMT

O mês de abril de 2025 registrou avanço significativo na comercialização da soja em Mato Grosso. De acordo com dados atualizados, 70,55% da produção estimada da safra 2024/25 já foi comercializada, o que representa um incremento de 11,57 pontos percentuais em relação ao mês de março. O preço médio da soja nesta safra também apresentou alta, fechando abril em R$ 112,05 por saca, o que corresponde a um acréscimo de 2,66% no comparativo mensal.

Para a safra 2025/26, ainda em fase inicial de negociações, a comercialização atingiu 10,71% da produção estimada, avanço de 2,61 pontos percentuais frente ao mês anterior. No entanto, os preços desta safra futura apresentaram leve retração, com o valor médio da saca sendo cotado a R$ 109,95 em abril, queda de 0,28% em relação a março.

Os números indicam confiança dos produtores nas condições de mercado da safra atual, ao mesmo tempo em que apontam cautela em relação aos contratos da próxima temporada, diante das incertezas nos preços futuros.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

APROSOJA TOCANTINS lança campanha na Agrotins para valorizar a soja e aproximar o campo da cidade

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Durante a Agrotins 2025, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Tocantins (APROSOJA TOCANTINS) lança uma ampla campanha de comunicação voltada à valorização da cultura da soja, ao reconhecimento do trabalho dos sojicultores e à aproximação entre o campo e a população urbana. Intitulada “Soja do Agro, do Tocantins, do Brasil.”, a iniciativa busca ampliar o conhecimento da sociedade sobre a relevância estratégica da soja para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado.

A campanha evidencia o protagonismo dos agricultores tocantinenses e o potencial do Tocantins como um dos estados mais promissores na produção de grãos no país. Por meio de ações nas redes sociais, mídia tradicional e ativações em eventos, a proposta mostra que a soja está presente muito além das lavouras — integrando a cadeia de produtos como óleo de cozinha, ração animal, biocombustíveis e diversos itens essenciais ao dia a dia da população.

“A soja é muito mais do que uma commodity. Ela é um vetor de desenvolvimento que gera empregos, movimenta a economia e está presente em milhares de produtos que chegam diariamente à casa dos brasileiros. Com esta campanha, queremos mostrar o valor dessa cadeia produtiva e, principalmente, o trabalho sério e responsável dos produtores do nosso estado”, afirma Caroline Schneider Barcellos, presidente da APROSOJA TOCANTINS.

O lançamento será um dos destaques da participação da associação na Agrotins — a maior feira agropecuária do estado — e contará com uma comunicação moderna e acessível, voltada tanto ao público do campo quanto ao urbano. A proposta é fortalecer a imagem do produtor rural e evidenciar como o trabalho no campo impacta diretamente a qualidade de vida nas cidades.

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Mais do que uma ação de comunicação, a campanha reforça o posicionamento do Tocantins como um polo agrícola competitivo, que alia produtividade com responsabilidade socioambiental. Ao destacar os benefícios da cadeia da soja e a atuação comprometida dos produtores, a APROSOJA TOCANTINS reafirma seu papel como articuladora do setor e parceira do desenvolvimento sustentável no estado.

Ascom Aprosoja Tocantins

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Entidade apresenta proposta de padronização para classificação da soja

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A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou da 65ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, onde apresentou uma demanda recorrente dos produtores rurais mato-grossenses: uma proposta técnica para sistematizar o processo de classificação, conferência e arbitragem da soja.

A reunião foi realizada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília. Representando o Sistema Famato, estiveram presentes o 2º vice-presidente, Amarildo Merotti, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Marcelo Lupatini. O analista de Agricultura da Famato, Alex Rosa, participou de forma online.

O objetivo é assegurar maior segurança jurídica, transparência e isonomia entre produtores e compradores — como indústrias e armazéns. A proposta teve como base experiências práticas da safra 2023/24, que evidenciaram a necessidade de um fluxo mais padronizado e confiável para a comercialização do grão.

“A proposta que apresentamos busca garantir mais transparência e segurança jurídica na comercialização da soja. Nosso objetivo é dar voz ao produtor rural e fortalecer a confiança entre todas as partes envolvidas no processo. A padronização da classificação é um passo essencial para evitar conflitos e valorizar o trabalho técnico”, disse Alex Rosa.

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A proposta defendida pela Famato foi estruturada em três etapas. A primeira prevê que, no momento da entrega da soja ao armazém ou à indústria, o produtor receba o romaneio com o laudo de classificação, obrigatoriamente emitido por um classificador habilitado e registrado no Mapa. A segunda etapa permite ao produtor contestar o laudo inicial, requisitando uma contraprova por outro profissional habilitado. Em caso de divergência entre os laudos, esse novo resultado será apresentado à indústria como tentativa de resolução amigável. Destaca-se que laudos emitidos por classificadores não registrados perdem validade legal, prevalecendo o documento emitido por profissional habilitado.

Na terceira e última etapa, se persistir o desacordo entre as partes, o produtor poderá acionar o Sindicato Rural, que encaminhará a demanda à Famato. A federação, por sua vez, solicitará ao Mapa a designação de um classificador árbitro, cujo laudo será definitivo e terá caráter vinculante. A parte responsável pela divergência arcará com os custos do processo de arbitragem, reforçando o compromisso com a responsabilidade técnica.

Além da apresentação da proposta da Famato, a reunião da Câmara Setorial abordou temas estratégicos para o setor, como a atualização da conjuntura da safra 2024/2025, com análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os impactos da seca sobre a produção agrícola, os encaminhamentos sugeridos pelos estados, informes da Secretaria Executiva da Câmara (CGAC/MAPA) e deliberações institucionais sobre assuntos gerais da cadeia da soja.

Como encaminhamento, o presidente da Câmara Setorial comprometeu-se a oficializar a solicitação à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA) para avaliar a viabilidade da criação de uma Câmara Nacional de Arbitragem para Classificação de Grãos, com a participação de entidades públicas e privadas.

NORMATIVA – Também foi discutida a revisão da Instrução Normativa nº 11/2007, que já está em andamento, além do estudo de inovações no escopo da Lei nº 9.972/2000, que regulamenta a classificação de produtos vegetais.

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A iniciativa da Famato foi reconhecida como um passo importante para fortalecer a transparência, a previsibilidade e a segurança jurídica no processo de comercialização da soja.

“Ao valorizar o trabalho de classificadores habilitados e promover a confiança entre produtores e compradores, a proposta contribui para evitar conflitos e judicializações desnecessárias”, disse o superintendente, Marcelo Lupatini.

A federação reafirmou seu compromisso de colaborar tecnicamente com o Mapa e demais entidades do setor na construção de um novo modelo normativo para a classificação e arbitragem, com representatividade e equilíbrio institucional.

matogrossoeconômico

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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