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Agricultura

Preços do trigo recuam na reta final da colheita, mas dólar elevado pode conter quedas mais expressivas

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Foto: Pavlo / Pixabay

 

Com a colheita de trigo na reta final, os preços domésticos do cereal enfrentam enfraquecimento, segundo levantamentos do Cepea. No entanto, o dólar em patamar recorde frente ao Real tem potencial para encarecer as importações e, assim, oferecer suporte aos valores internos.

Em novembro, a média mensal do trigo no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.265,61 por tonelada, representando uma queda de 1,1% em relação a outubro deste ano e de 0,3% frente a novembro de 2023, em termos reais, considerando o deflacionamento pelo IGP-DI. No Paraná, a média foi de R$ 1.429,98/t, estável em comparação ao mês anterior, mas 7,4% superior à de novembro do ano passado.

São Paulo se destacou com aumentos mais expressivos: o preço médio em novembro foi de R$ 1.584,73/t, alta de 3,2% frente a outubro/24 e de 23,6% em relação a novembro/23. Já em Santa Catarina, a média ficou em R$ 1.426,82/t, 1,5% abaixo da de outubro, mas 2,6% acima da do mesmo mês no ano passado.

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Segundo pesquisadores do Cepea, embora a pressão da colheita ainda atue sobre os preços, o cenário cambial pode equilibrar o mercado ao dificultar a competitividade do trigo importado. O impacto do dólar elevado será um fator crucial para as negociações nas próximas semanas.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

O milho congelou, a horta “queimou”, mas tem planta que curtiu a friaca

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Foto: Arthur Vítor

 

Com a chegada de uma frente fria intensa ao Sul do país, agricultores enfrentam os efeitos das baixas temperaturas sobre suas lavouras. Em especial, produtores de milho em final de ciclo e de hortaliças registraram impactos negativos com a ocorrência de geadas.

Em Cascavel, no Oeste do Paraná, o produtor João Nazari, ao percorre a lavoura, encontrou as espigas de milho congeladas. “A colheita acontece em 20 dias e a geada trouxe certo dano”, observa o agricultor em um  diagnóstico preliminar.

Foto: Arthur Vítor

Entretanto, para as culturas típicas do inverno, como trigo, aveia, cevada e até mesmo a oliveira, o frio é bem-vindo e considerado essencial para o bom desenvolvimento das plantas.

Havia expectativa de ocorrência de geada negra em alguns locais. Diferente da geada branca, que se forma geralmente à noite, a geada negra pode ocorrer a qualquer hora do dia e é ainda mais severa. “Ela ocorre quando temos uma massa de ar muito fria, com temperaturas abaixo de zero, baixa umidade relativa e presença de vento. Isso causa danos profundos nas plantas, matando células e deixando folhas com aspecto necrosado”, detalhou o professor.

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Nas hortas, especialmente as de pequenas propriedades, a geada causou prejuízos pontuais, apesar da preparação por parte dos agricultores. “Hoje em dia, os produtores de hortaliças estão mais atentos às previsões e, com ajuda da comunicação, conseguem se precaver. Mesmo assim, há perdas, e isso pode acabar refletindo no bolso do consumidor com aumento no preço das verduras”, alertou.

Por outro lado, as lavouras de inverno, como o trigo, se beneficiam dessas baixas temperaturas. “Essas culturas precisam acumular frio para expressar todo seu potencial produtivo. A geada, nesse caso, não é um problema, é uma necessidade”, observou Reginaldo. Segundo ele, a presença de frio consistente também favorece outras culturas como aveia, centeio, cevada e até hortaliças de clima frio, como a couve-flor.

Além da agricultura, o frio também movimenta outros setores da economia, como o comércio de roupas e aquecedores. “É um momento que nos une, que nos faz querer ficar mais próximos. E mesmo para quem sofre com o frio, é importante lembrar que esse clima também tem seu papel e seus benefícios”, acrescentou o especialista.

Com a tendência de um inverno mais típico e a transição para o fenômeno La Niña, a previsão é de que novas ondas de frio ainda possam ocorrer nas próximas semanas, especialmente em julho. “Estamos diante de um ano de clima mais normal. Devemos esperar mais frentes frias e temperaturas baixas até a segunda metade do inverno”, finalizou o professor.

Enquanto os termômetros seguem em queda, produtores seguem atentos, e a população é lembrada de redobrar os cuidados com os mais vulneráveis, especialmente aqueles em situação de rua, reforçando a importância da solidariedade em tempos frios.

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Estado terá nova tecnologia europeia para sistemas agrícolas

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Foto: Divulgação Empresa parceira PR

 

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) concluiu um projeto de pesquisa para implementar uma nova tecnologia agrícola de controle biológico no Brasil. Desenvolvido originalmente para combater fungos, bactérias e pragas em lavouras da Europa, o produto foi adaptado às condições tropicais brasileiras. A solução inovadora, agora validada para diferentes cultivos e sistemas agrícolas e industriais do País, promete fortalecer a agricultura sustentável e a segurança alimentar.

Os resultados parciais da pesquisa sinalizam que o SteriCerto Plant, nome adotado para o produto no Brasil, é uma solução integralmente segura e eficaz, com propriedades sanitizantes, antifúngicas e conservantes diferenciadas. Os testes controlados demonstraram a aplicabilidade em todas as etapas da cadeia produtiva, do campo ao transporte e armazenamento, além da vantagem de não deixar resíduos tóxicos.

INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL – O SteriCerto Plant é um condicionador vegetal inovador, desenvolvido a partir de água submetida a um processo tecnológico exclusivo. Por meio de filtragem e purificação, a água tem a estrutura molecular e carga elétrica modificadas, ganhando propriedades oxidativas seguras. Ao ser aplicado nas plantas, rompe a barreira celular de fungos e bactérias nocivas, sem usar químicos ou deixar resíduos tóxicos. Além da proteção eficaz, o produto prepara a planta para crescer mais forte, equilibrada e naturalmente resistente.

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Ele destaca que os fortes investimentos do Governo do Estado em ciência tecnologia permitem avaliar e aprovar tecnologias usadas lá fora com sucesso e que têm potencial de ser aplicadas no Paraná. “No caso do SteriCerto Plant, usamos até territórios além do Paraná, porque a perspectiva é ter uma indústria para o Brasil, não só para o Estado. Portanto o Fundo Paraná passa a ter um papel voltado para a realidade brasileira e não só do Paraná”, pontua.

POTENCIAL TRANSFORMADOR – O diretor da Ferticerto Soluções Orgânicas, Rafael de Boni da Silva, destaca o potencial transformador da tecnologia para a agricultura nacional. “A aplicação do produto mostrou efeito na redução de fungos e bactérias, com possibilidade de diminuir volume e frequência no uso de fungicidas, além de permitir combinação segura com defensivos agrícolas convencionais aumentando sua vida útil pela preservação da molécula, resultando em frutos mais saudáveis, nutritivos e com menor carga química”, explica.

O cônsul honorário da Hungria no Paraná, Marco Aurélio Schetino de Lima, enfatiza o impacto e caráter estratégico da parceria. “Essa cooperação consolida o Paraná como líder na produção orgânica de alta qualidade para mercados internacionais. A tecnologia vai permitir exportar grãos e frutas em grande escala, todos sem modificação genética e com redução significativa no uso de pesticidas, mantendo os altos padrões que os consumidores exigem”, avalia.

RESULTADOS COMPROVADOS – Entre 2023 e 2025, o produto passou por testes e validações em instituições como o Tecpar e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Sul do Brasil; e o Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Pernambuco, na Região Nordeste. Os estudos envolveram a participação de cooperativas agrárias e de pesquisadores de referência.

Nessa fase do projeto, o produto foi adaptado ao contexto brasileiro, para validação dos resultados já obtidos na Europa. Para isso, foram realizadas aplicações e adaptações em diferentes culturas, climas e tipos de solo do Brasil. Os testes aconteceram nas cidades paranaenses de Guarapuava, no Centro-Sul, e Paranavaí, no Noroeste; e em municípios localizados nos estados do Mato Grosso do Sul, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

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Os resultados se mostraram promissores no controle de patógenos, pragas e insetos presentes em diversos cultivos e também em frigoríficos e câmaras refrigeradas. Na higienização de hortaliças, o produto apresentou um desempenho comparável ao hipoclorito de sódio, considerado padrão ouro da sanitização, porém sem gerar resíduos químicos nem alterar as características sensoriais dos alimentos.

Foto: Empresa parceira PR

Nos testes com tomates, os pesquisadores constataram frutos mais pesados, melhor aparência e menos perdas por fungos, mesmo em ambientes úmidos. Já os estudos com maçãs, na Serra Gaúcha, a tecnologia alcançou a mesma eficácia que fungicidas químicos, mas sem deixar resíduos e com mais sanidade e durabilidade pós-colheita. Nas plantações de manga e uva do semiárido brasileiro, os frutos ganharam sabor mais intenso, mais nutrientes e resistência contra doenças causadas por fungos.

Outro destaque é o resultado dos testes para combater o vetor do greening dos citros, uma praga que, desde 2014, tem causado prejuízos bilionários em plantações de laranja. Ao combinar o produto com óleos essenciais, a pesquisa revelou alta eficácia no combate ao psilídeo (inseto vetor)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Edital seleciona 36 projetos para fortalecer agricultura familiar

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Tomaz Silva/Agência Brasil

Com investimentos de R$ 85 milhões, o resultado do edital Ecoforte Redes 2024, destinado a fortalecer a agricultura familiar de base agroecológica no país, foi anunciado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Banco do Brasil (FBB).

O edital foi lançado em julho de 2024 e recebeu 165 propostas, das quais 36 foram consideradas habilitadas, com representantes em todas as regiões do país (cinco na Amazônia Legal, 12 no Nordeste, dez no Sul, oito no Sudeste e uma no Centro-Oeste). Outras cinco redes (duas no Nordeste e três no Sudeste) formarão cadastro de reserva e poderão ser convocadas em caso de não contratação das proponentes habilitadas ou de suplementação orçamentária por parte dos financiadores.

Os beneficiados são projetos territoriais destinados a fortalecer as redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O objetivo é ampliar a escala de produção e a oferta de alimentos e produtos saudáveis, contribuindo para a promoção da transição agroecológica e da resiliência dos ecossistemas, além da geração de renda para as famílias agricultoras.

“Os investimentos viabilizarão aumento da escala de produção de alimentos saudáveis e ampliação do seu consumo pela população, com objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que contribuem para a resiliência climática nas localidades atendidas”, explicou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

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Cada rede selecionada é composta, no mínimo, por três organizações produtivas da agricultura familiar, incluindo povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais, pescadores artesanais, aquicultores familiares, extrativistas e demais povos e comunidades tradicionais.

Coordenado pelo governo federal, o Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte) é considerado a principal ação da Política Nacional de Ag

Fonte: Agência Brasil

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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