Conecte-se Conosco

Destaque

Nova DEP facilita o parto de novilhas primíparas

Publicado

em

Assessoria

 

*Fernando Baldi

As características relacionadas ao crescimento são tradicionalmente consideradas como critérios de seleção em programas de melhoria de bovinos, devido à sua importância produtiva e econômica e por estarem correlacionadas favoravelmente com o peso ao abate e peso de carcaça. Além disso, essas características são favoráveis à seleção, quando aplicados critérios de seleção em programas de melhoramento genético em bovinos.

No entanto, existe uma preocupação crescente sobre a seleção de taxas de crescimento mais altas em idades jovens e seu impacto no tamanho adulto, na composição da carcaça, na fertilidade e na produtividade do rebanho em programas de criação de bovinos de corte zebuínos. Recentemente, os estudos genéticos quantitativos se concentram nas características de precocidade sexual e na eficiência reprodutiva de fêmeas em raças zebuínas. Nesse sentido, a prenhez precoce das novilhas é uma característica economicamente relevante, diretamente relacionada com as fêmeas, para melhora da fertilidade e da precocidade sexual, e tem sido amplamente estudada na raça Nelore.

Publicidade

A prenhez precoce em novilhas é uma característica de fácil medição, não requer penalizações para as novilhas que não emprenharam e não pariram e apresenta uma herdabilidade de moderada a alta, o que justifica sua aplicação como critério de seleção em programas de melhoramento de bovinos, como ocorre no programa Nelore Brasil, da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores).

Nesse contexto, a probabilidade de parto precoce antes dos 30 meses (3P) é uma característica indicadora da precocidade sexual em novilhas, sendo utilizada por muitos pecuaristas para antecipar a primeira temporada de reprodução das novilhas e a proporção de partos precoces (<30 meses), utilizando também um melhor manejo nutricional das fêmeas e a seleção direta para 3P. Apesar do melhoramento genético para a precocidade sexual de fêmeas em rebanhos zebuínos, a incidência de problemas de parto atem aumentado nos últimos anos, provavelmente devido ao maior peso ao nascimento das progênies e à menor idade ao primeiro parto das novilhas precoces, como consequência da seleção para maiores taxas de crescimento e precocidade sexual.

Facilidade de parto em primíparas

A facilidade de parto de primíparas (FPP) é um componente essencial da eficiência reprodutiva em raças taurinas europeias, que beneficia a rentabilidade do rebanho e o bem-estar animal. A distocia severa em novilhas tem efeitos desfavoráveis sobre a fertilidade, pois proporciona taxas mais baixas de reconcepção, prejudica a viabilidade e aumenta a taxa de mortalidade dos bezerros. Apesar do impacto econômico da FPP, essa característica tem sido amplamente avaliada apenas em gado leiteiro. A incidência de partos assistidos em novilhas primíparas de 2 anos varia consideravelmente entre raças de gado bovino e rebanhos. A raça Nelore e a maioria das raças zebuínas são reconhecidas por uma baixa frequência de problemas de parto (distocia), mas sua incidência tem aumentado na raça Nelore, podendo chegar a 20% de partos assistidos em alguns rebanhos. Geralmente, uma menor FPP está associada a maiores pesos ao nascer, uma vez que os bezerros com alto peso ao nascer são mais suscetíveis à distocia que os bezerros com peso ao nascer baixo ou moderado.

O uso do peso ao nascer do bezerro para indicar dificuldade no parto em novilhas precoces compreende até hoje estratégias de seleção e acasalamento que adotam DEPs moderadas a baixas para o peso ao nascer. Estudos têm corroborado uma associação genética de moderada a alta entre o peso ao nascer e os problemas ao parto. Em raças taurinas, existem estudos mostrando estimativas de correlação genética desfavoráveis de moderadas a altas, que oscilam entre 0,62 e 0,80, entre o peso ao nascer e a dificuldade do parto.

Publicidade

A seleção para menor peso ao nascimento sem dúvida interfere no desenvolvimento futuro do animal, prejudicando o ganho de peso e o peso vivo em idades posteriores. Embora a seleção por baixo peso contribua para melhorar a FPP, a seleção direta para reduzir a dificuldade ao parto seria uma melhor alternativa a longo prazo. Nesse sentido, vários pesquisadores relatam que a seleção direta para maior FPP em vez de menor DEP para peso ao nascer melhorou substancialmente a FPP e resultou em animais mais pesados. Além disso, trabalhos da equipe de pesquisadores da ANCP concluíram que o peso ao nascer explica apenas 40% da variação genética da FPP em novilhas precoces. Portanto, existem outros fatores genéticos controlando a característica FPP, não sendo apenas o maior peso ao nascer do bezerro.

DEP para facilidade de parto

Desde 2018, a equipe de pesquisa da ANCP, com a colaboração de criadores associados que forneceram dados fenotípicos de FPP, vem trabalhando no desenvolvimento de uma DEP para FPP em novilhas precoces da raça Nelore. Com um volume de dados de quase 40.000 registros de FPP e mais de 300 mil animais genotipados, classificando os partos como normais sem assistência ou partos anormais com assistência, a ANCP apresentou a nova DEP para FPP em agosto de 2024, durante a 17ª Expogenética, em Uberaba (MG).

A DEP será expressa como porcentagem ou probabilidade de parto sem assistência, parto normal, variando de 0 a 100, e terá um componente direto (DEP direta) e um componente maternal (DEP maternal), uma vez que essa característica sofre uma forte influência do componente maternal. A DEP direta para FPP (DFPP) deverá ser utilizada para a seleção de touros, pais dos animais da próxima safra. Já a DEP maternal (MFPP) será usada para a seleção de touros para serem pais de novilhas, fêmeas de reposição, uma vez que identificará touros que vão produzir filhas ou ventres com maior facilidade de parto.

Os estudos preliminares mostram que a DEP de FPP será particularmente útil em situações de animais com DEP para peso ao nascer maior que 1 kg, onde as DEPs para FPP direta e maternal deverão ser utilizadas de forma complementar junto com a DEP para peso ao nascer na hora de realizar a seleção e o acasalamento dos animais. Para isso, devem ser utilizados os filtros genéticos oferecidos no programa de acasalamentos MaxPag, da ANCP.

Publicidade

A ANCP é mais uma vez pioneira no lançamento de novas tecnologias para seus associados e para o mercado, se mantendo na vanguarda da inovação em prol de uma pecuária mais produtiva, eficiente e sustentável no âmbito econômico, social e ambiental.

* Fernando Sebastián Baldi Rey é pós-doutor em Genética e Melhoramento Animal, professor do Departamento de Zootecnia da Unesp de Jaboticabal e pesquisador sênior da ANCP.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias Midia Rural

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

 

Publicidade

Mídia Rural, sua fonte confiável de informações sobre agricultura, pecuária e vida no campo. Aqui, você encontrará notícias, dicas e inovações para otimizar sua produção e preservar o meio ambiente. Conecte-se com o mundo rural e fortaleça sua

Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaque

O que o produtor rural precisa saber sobre a conferência que vai mexer com o campo

Publicado

em

Pensar Agro/AguaBoaNews

 

Começa nesta segunda-feira (10.11), em Belém (PA), a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). O evento vai reunir líderes mundiais, cientistas, empresários e representantes do setor produtivo para discutir o futuro do planeta diante das mudanças climáticas. Mas, para além dos discursos ambientais, a conferência promete trazer reflexos concretos para o dia a dia de quem vive do campo, especialmente para quem produz, exporta ou fornece insumos ligados à bioeconomia e ao uso da terra.

Para o homem do campo, a COP30 não é um evento distante nem restrito aos ambientalistas. É um marco que pode mudar a forma de produzir, vender e comprovar a origem do que sai da terra brasileira. A partir de agora, sustentabilidade e documentação caminham juntas. Quem entender isso primeiro, e se preparar, estará melhor posicionado para aproveitar as oportunidades que virão.

Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agronomos de Mato Grosso (Feagro-MT), a COP30 oferece ao agro brasileiro uma grande janela de oportunidade. “Se mostrarmos que nossa produção é cada vez mais eficiente, de baixa emissão e alinhada à conservação, ganhamos acesso a novos mercados e valorização de preço. Mas para isso precisamos de clareza regulatória, crédito adequado e reconhecimento internacional”, defendeu.

“Não podemos tratar a agenda climática como algo que pesa sobre o produtor , ela pode e deve traduzir-se em ganhos concretos para quem planta, cria e exporta. Para o setor rural, o desafio é provar a sustentabilidade com a mesma naturalidade com que entra o sol no campo, sem travar o maquinário da produção”, disse o presidente do IA.
“Enquanto a COP30 define padrões globais, defendemos que o Brasil assuma a liderança negociando condições que preservem nossa competitividade. O homem do campo precisa estar pronto: rastreabilidade, certificação, contrato e logística devem caminhar juntos para que nossa safra não fique fora do jogo”, completou Rezende.

Publicidade
PRA ENTENDER – A COP é o espaço onde se discutem as regras globais para reduzir o impacto das atividades humanas sobre o clima. Desde o Acordo de Paris, assinado em 2015, cada país precisa apresentar metas e comprovar o que tem feito para cortar emissões de gases do efeito estufa. Agora, com a COP30 sendo realizada na Amazônia, o Brasil estará no centro das atenções. A conferência deve consolidar uma nova fase nas exigências ambientais que afetam diretamente o agronegócio e as cadeias de exportação.
A principal transformação esperada é o aumento da cobrança por rastreabilidade e comprovação documental da origem dos produtos. Em outras palavras, não vai bastar dizer que a produção é sustentável, será preciso provar, com papel passado e assinatura reconhecida. Certificados de origem, laudos técnicos, registros de boas práticas agrícolas e documentos de conformidade ambiental tendem a se tornar obrigatórios para exportação, principalmente para países da União Europeia e da América do Norte.

Essas exigências vêm se fortalecendo desde a aprovação do Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), que entra em vigor no final do mês que vem. Ele determina que produtos como soja, carne, madeira, cacau e café só podem entrar no mercado europeu se a empresa comprovar que não houve desmatamento na área de origem — nem legal, nem ilegal. A tendência é que, após a COP30, esse tipo de exigência se amplie para outros setores, incluindo o da bioeconomia amazônica, pescados, óleos vegetais e produtos florestais não madeireiros.

Para o produtor rural, isso significa que a documentação passa a ser o novo passaporte comercial. Cada lote, cada carga e até cada hectare poderão precisar de comprovações detalhadas sobre procedência, sustentabilidade e boas práticas de produção. Quem estiver com o cadastro ambiental rural (CAR) atualizado, licenciamento em dia e certificações reconhecidas por órgãos oficiais sai na frente.

Além disso, a COP30 deve reforçar o elo entre sustentabilidade e formalização. A partir dela, grandes compradores internacionais tendem a incluir cláusulas contratuais que exigem relatórios ambientais, auditorias e certificados emitidos por instituições reconhecidas. Pequenas cooperativas e produtores que trabalham com insumos naturais, como óleos essenciais, manteigas vegetais, mel, castanhas e bioativos, também serão impactados.
Entre os documentos que devem ganhar peso estão:
  • Certificados de origem e rastreabilidade;
  • Laudos de pureza e qualidade;
  • Declarações de conformidade ambiental;
  • Fichas de segurança de produtos (SDS), traduzidas para o idioma do país de destino;
  • Relatórios de sustentabilidade e impacto socioambiental.
A tradução técnica e a padronização desses papéis, hoje vistas como burocracia, vão se tornar etapa obrigatória de quem quiser exportar com segurança. Uma falha em um documento pode travar o embarque ou gerar multas pesadas.

Apesar de parecer mais um obstáculo, esse novo padrão também pode abrir portas. A demanda global por produtos sustentáveis cresce ano a ano, e o Brasil tem potencial para liderar esse mercado — especialmente com o peso da Amazônia e do agronegócio no debate climático. Quem se antecipar às exigências, garantindo rastreabilidade e conformidade, poderá vender com valor agregado e acessar compradores mais exigentes e rentáveis.

Além disso, a COP30 deve impulsionar o financiamento verde, com linhas de crédito e investimentos destinados a quem comprovar práticas sustentáveis, preservação de floresta e redução de emissões.

Publicidade

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Destaque

Prédio do antigo Cridac passará por restauração e reforma para abrigar delegacias da Polícia Civil

Publicado

em

Crédito – Brunna Almeida/Seplag-MT

 

O Governo de Mato Grosso assinou, nesta sexta-feira (17.10), a ordem de serviço para a reforma e restauração do imóvel da antiga Fundação Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac). O imóvel abrigará a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), da Polícia Judiciária Civil (PJC). O início das obras está previsto para a próxima quarta-feira (22.10).

O investimento total é de R$ 9,4 milhões. Para o vice-governador Otaviano Pivetta, a restauração do prédio histórico representa o resgate da origem da Segurança Pública em Mato Grosso. O espaço foi uma das primeiras delegacias do Estado.

“Este é um patrimônio do Estado que estava abandonado, mas revitalizá-lo é resgatar um pedaço da nossa história. É simbólico estarmos aqui com toda a equipe, que trabalha com a mesma energia e compromisso de sempre. Esse espaço voltará a servir à população com dignidade e marca o início da revitalização desta região histórica da capital”, afirmou.

Publicidade

A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) é a responsável pelo planejamento, projeto, acompanhamento e execução da reforma e restauração do prédio, por meio de Termo de Cooperação com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), nos termos do Decreto nº 1.510/2022.

O secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, ressaltou que o objetivo da revitalização é deixar o prédio em pleno funcionamento e capaz de atender a todas as demandas da Polícia Civil após a reforma. “Nossa prioridade é garantir a destinação correta e a funcionalidade do patrimônio público, promovendo sua recuperação e preservando o valor histórico deste bem estadual. É nosso dever cuidar e dar vida a essa parte importante da memória de Mato Grosso”, acrescentou.

O secretário de Segurança Pública, César Roveri, afirmou que o projeto representa melhorias tanto para os servidores quanto para a população. “Reconhecemos o empenho de todo o Governo do Estado em atender as instituições, mas, acima de tudo, em atender bem a população. Esse será um espaço centralizado, acessível e, principalmente, digno. Ao final do dia, o que realmente importa é isso: o cidadão ser bem atendido e a Segurança Pública prestar um serviço de qualidade que melhore a vida das pessoas”, pontuou.

Para a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Maidel, a obra representa um avanço para a Segurança Pública e vai garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população. “Este prédio histórico passará por uma completa modernização e abrigará unidades como a Derf, a DHPP e, futuramente, a Delegacia de Crimes Informáticos. Nosso foco é oferecer estruturas mais dignas e eficientes, aproximando ainda mais a Segurança Pública da população”, afirmou.

Edificação histórica

Publicidade

O imóvel, localizado na Rua Joaquim Murtinho, em frente ao Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, em Cuiabá, é do século XIX. Lá funcionou a antiga Cadeia Pública e, posteriormente, o Cridac. A edificação possui características neoclássicas, com pórtico de entrada, frontão triangular e beiral colonial tipo beira-seveira, e foi toda construída em pedra canga.

Essa parte da edificação, de 638,89 m² de área construída, é tombada como patrimônio histórico de Mato Grosso desde 1984, pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O imóvel será totalmente restaurado.

Já a outra parte da edificação, com uma área construída de 2.208,28 m², que será reformada e ampliada, é um prédio de alvenaria convencional, que fica em uma área nos fundos do complexo.

Confira mais imagens do projeto:

Dayanne Santana e Vithória Sampaio | Seplag-MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Destaque

Mapa e MDR articulam ações emergenciais no Amapá para produtores afetados pela vassoura-de-bruxa da mandioca

Publicado

em

Foto: Divulgação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quarta-feira (15) o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar das ações conjuntas do Governo do Brasil no enfrentamento da vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Amapá. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), já atinge dez municípios amapaenses, impactando a produção agrícola e a segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.

Segundo Fávaro, o enfrentamento da praga é prioridade no Mapa, que tem atuado de forma integrada para garantir o controle da doença, o apoio aos produtores e o abastecimento local. “O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária, e essa emergência sanitária está recebendo total atenção. Já estão sendo implementados convênios e investimentos para o custeio da defesa agropecuária no Amapá, no valor de R$ 2,2 milhões. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los, sem precarizar o trabalho”, assegurou o ministro.

Entre as medidas já adotadas, o Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira, medida que garante renda aos produtores e o fornecimento contínuo de alimentos à população. A macaxeira, também conhecida como mandioca de mesa, é consumida cozida e passou a ter autorização para processamento, corte e embalagem nas próprias regiões produtoras, permitindo sua chegada direta ao consumidor, seja nas feiras, nos supermercados ou por venda direta. Já a mandioca braba utilizada para produção de farinha teve flexibilização na comercialização, com autorização para que o processamento seja feito na própria comunidade rural, em casas de farinha móveis, e a farinha possa ser transportada e comercializada de forma segura. “Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.

O ministro destacou também os investimentos do Mapa em pesquisa e inovação, conduzidos pela Embrapa, com o objetivo de desenvolver variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à doença. “O governo do presidente Lula garantiu reforço orçamentário à Embrapa, e já solicitamos à presidente Silvia que esse tema seja prioridade número um da pesquisa. É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar. Enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias, que completam o ciclo produtivo e garantem alimento à população do Amapá até que a variedade resistente esteja disponível”, completou.

Publicidade

O ministro Waldez Góes ressaltou que o trabalho conjunto entre o governo federal, o estado e os municípios tem sido essencial para mitigar os impactos sociais e econômicos causados pela doença. “Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. Essa cultura faz parte do nosso hábito alimentar, tanto do índio quanto do não índio. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito com situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em pesquisa e ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência