Pecuária
Preços indicam virada de ciclo; Indicador do boi volta a bater R$ 300

Divulgação
O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 fechou a R$ 300,30 nessa quarta-feira, 16, conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Há exatos 20 meses (desde o dia 16 de fevereiro de 2023) que o Indicador não batia na casa dos R$ 300 – série nominal, sem considerar a inflação do período.
Pesquisadores do Cepea indicam que essa marca reflete principalmente a baixa oferta de animais para abate. Do lado da demanda, as exportações seguem aquecidas – num contexto mundial de oferta limitada. Já as vendas no mercado doméstico dão sinais de enfraquecimento, sobretudo diante das recentes valorizações da carne, mas, como a oferta é relativamente pequena, os preços no atacado seguem firmes.
Segundo pesquisadores do Cepea, as últimas semanas têm marcado uma virada do ciclo pecuário brasileiro. A intensidade e a duração das altas dos preços da carne, do boi e demais categorias animais vêm surpreendendo, pode-se dizer, todos os analistas. E essa mudança significativa das cotações do boi tem impactado a indústria. Mesmo com a carne em elevação, cálculos do Cepea mostram que a margem dos frigoríficos diminuiu.
Os valores negociados na B3 até agosto deste ano dão uma ideia da distância entre o que operadores estavam estimando para esta entressafra e os patamares que têm se confirmado. Em meados de agosto, o contrato Outubro/24, por exemplo, era negociado por volta de R$ 241. E, nesta semana, o ajuste chegou à casa dos R$ 310, fechando a R$ 308,65 nessa quarta, diferença de 28% em dois meses.
No mercado físico, a alta foi praticamente igual. Nesses mesmos dois meses (desde 15 de agosto), o Indicador do Boi CEPEA/B3 avançou 29%, refletindo negócios no mercado paulista que saíram da casa dos R$ 233, em média, para os R$ 300 atuais. No mesmo período, a carne com osso no atacado da Grande São Paulo se valorizou 28,1%, passando da média de R$ 16,40/kg para R$ 21,01/kg nessa quarta – preço à vista da carcaça casada bovina.
Dados do Cepea mostram que as valorizações da arroba e da carne nos últimos dois meses são semelhantes, mas, quando analisadas as médias mensais, constata-se que, até o dia 16, o boi gordo no estado de São Paulo (Indicador CEPEA/B3) esteve em R$ 292,19, aumento de 14,4% em relação à média de setembro. Para a carcaça casada bovina negociada na Grande São Paulo, o acréscimo foi de 11,7%, com o quilo na média deste mês em R$ 20,05 à vista.
Com isso, a diferença entre o “boi casado” (15 quilos de carcaça casada) no atacado da Grande São Paulo e a arroba do boi paga ao pecuarista paulista (Indicador CEPEA/B3) diminuiu, impactando a margem dos frigoríficos de setembro para outubro.
Na primeira quinzena deste mês, a diferença entre os valores médios da arroba de boi (R$ 291,45) e 15 quilos da carne (R$ 299,55) esteve em 8,10 Reais. Na primeira quinzena de setembro, a arroba de carne superou a de boi em 15,19 Reais. De janeiro a setembro deste ano, considerando-se os efeitos da inflação pelo IGP-DI de setembro/24, a diferença média entre os preços do boi e da carne em SP foi de 12,76 Reais, com pico (carne valendo mais que arroba) de 15,23 Reais em junho e mínima de 7,93 Reais em janeiro – semelhante à atual.
Segundo pesquisadores do Cepea, frigoríficos tentam resistir o quanto podem na abertura de cotações maiores aos pecuaristas, sobretudo aquelas unidades de abate que priorizam o mercado interno. As compras em regiões mais afastadas da planta de abate, a possibilidade de abater fêmeas no lugar de bois para atender ao mercado chinês e também a entrada de novos lotes de confinamentos, a maior parte negociada antecipadamente, são estratégias usadas para aliviar a pressão por compras de boi no spot em determinadas praças. Mesmo assim, a oferta limitada de animais prontos para abate é generalizada e tem tido peso maior, resultando em novos aumentos de preços na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.
Nessa quarta, as negociações em São Paulo oscilaram entre R$ 294 e R$ 312 (valores à vista; já descontado o Funrural), e o avanço do Indicador na parcial de outubro chega a 9,5%. Negócios acima de R$ 290 têm sido captados também nos estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo que nestes dois últimos estados há registros inclusive na casa dos R$ 300. No mercado de carne, a carcaça casada bovina com osso no atacado da Grande São Paulo acumula acréscimo de 12,4% na parcial deste mês, com média à vista de R$ 21,01kg no dia 16.
Fonte: Assessoria Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Município de Mato Grosso é o quarto com maior rebanho bovino do país

foto: Rodolfo Vieira/arquivo
A cidade de Cáceres (217 km de Cuiabá) consolidou-se como o 4º município com o maior rebanho bovino do Brasil no ano passado, de acordo com a Pesquisa da Pecuária Municipal, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ontem. Com um rebanho de 1,4 milhão de cabeças, Cáceres ficou atrás apenas de São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Porto Velho (RO). O top 5 do ranking é completado por Marabá (PA).
Em nível estadual, Mato Grosso manteve a liderança nacional, encerrando o ano passado com um rebanho de 32,8 milhões de cabeças de bovinos, o que corresponde a 13,77% do total do país. O Pará aparece como o segundo Estado com o maior rebanho, responsável por 10,7% do efetivo nacional. Na sequência, completam a lista dos cinco maiores produtores Goiás (9,7%), Minas Gerais (9,3%) e Mato Grosso do Sul (7,9%). Juntos, esses estados concentram mais de 50% do rebanho bovino brasileiro.
Além de Cáceres, outro município mato-grossense se destacou na pecuária nacional: Primavera do Leste. A cidade integra o ranking da criação de galinhas, posicionando-se como a quarta maior produtora do país, com um total de 4.675.152 aves. A liderança desse ranking é de Santa Maria de Jetibá (ES), seguida por Bastos (SP) e São Bento do Una (PE). Beberibe (CE) fecha a lista dos cinco maiores municípios produtores.
Redação Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Arroba do boi gordo em Mato Grosso tem queda de 1,3%

foto: arquivo/assessoria
A arroba do boi gordo à prazo foi cotada em média a R$ 298,26/@, na semana passada, e teve recuo de 1,30% em relação a anterior, ocasionado pelo alongamento das escalas de abate. A informação foi divulgada, há pouco, pelo IMEA, no boletim da pecuária.
No atacado, o preço da carcaça casada do boi caiu 0,95% na semana passada, resultado da menor demanda interna no mercado, sendo cotada a R$ 20,88/kg.
O preço de bezerro de 7@ em Mato Grosso recuou 1,49% no comparativo semanal, sendo cotado em média a R$ 13,25/kg, seguindo a tendência do boi gordo.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
MT promove carne bovina em feiras internacionais na Bolívia e no Peru

Assessoria
Mato Grosso começa a divulgar, a partir desta sexta-feira (19), a carne bovina produzida no estado em duas importantes feiras internacionais, na Bolívia e no Peru. Entre as ações programadas estão reuniões com potenciais importadores da proteína animal e a promoção dos benefícios de ampliar o comércio com os dois países.
O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sebrae e Invest MT, lidera a participação do estado, destacando a qualidade, a sustentabilidade e o potencial de Mato Grosso no mercado internacional de carnes.
Na Bolívia, o destaque é a ExpoCruz, realizada em Santa Cruz de la Sierra, o maior evento multissetorial da América Latina. A feira funciona como uma plataforma estratégica para empresas que buscam acesso a mercados internacionais, além de permitir promoção institucional e fortalecimento de redes comerciais em toda a região latino-americana.
Para a Bolívia, Mato Grosso já exportou, em 2025, 47 toneladas de carnes desossadas de bovinos e 287 toneladas de outros sebos bovinos, gerando uma receita superior a US$ 582 mil.
“A participação do Instituto Mato-grossense da Carne na ExpoCruz é estratégica para ampliar a presença da nossa carne em mercados internacionais. A Bolívia tem se mostrado um parceiro comercial cada vez mais relevante e estar presente em uma das maiores feiras multissetoriais da América Latina fortalece a imagem de Mato Grosso como referência em qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar”, afirma Henrique Prado Olvido de Miranda, diretor administrativo-financeiro do Imac.
No Peru, a participação ocorre entre os dias 24 e 26 de setembro, na Expoalimentaria, em Santiago de Surco, considerada a feira mais importante de alimentos e bebidas da América Latina. O evento funciona como um palco de negócios e ponto de encontro para os principais operadores da distribuição, do varejo, do setor horeca (hospitalidade, alimentação fora do lar e serviços de catering), além de canais especializados nos mercados nacional e internacional.
Para o mercado peruano, 10 indústrias frigoríficas de Mato Grosso estão habilitadas, tendo exportado 140 toneladas de miudezas bovinas neste ano, gerando uma receita de US$ 257,4 mil.
“A participação na Expoalimentaria é uma oportunidade estratégica para o setor, diante de um mercado competitivo e consolidado pelo Brasil. Trata-se de uma oportunidade para reforçarmos junto ao consumidor e à indústria local que nosso sistema de produção é referência em atributos socioambientais, com grande capacidade de abastecimento e qualidade superior. Nossa carne reúne diferenciais que atendem aos mais exigentes padrões internacionais, destacando-se pela maciez, sabor intenso e suculência”, ressalta Henrique Miranda.
Fonte: GT Comunicação
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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