Economia
Reforma Tributária: Especialista Alerta para Aumento de Preços em 600 Mil Itens

Assessoria
A reforma tributária, em processo de regulamentação, poderá provocar um aumento significativo nos preços de quase 600 mil itens, abrangendo produtos e serviços diversos, e afetará também as empresas enquadradas no Simples Nacional. Além disso, a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual – composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – pode alcançar 30,3%, superando os 26,5% inicialmente previstos.
O alerta foi feito pelo advogado tributarista Lucas Ribeiro, fundador e CEO da ROIT, uma empresa especializada em inteligência artificial para a gestão fiscal e financeira. Ribeiro apresentou essas informações durante uma audiência pública promovida pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) em 20 de agosto. Sua análise trouxe à tona detalhes importantes que até então não haviam sido amplamente discutidos.
Ribeiro baseou seu estudo em uma vasta base de dados da ROIT, que atende principalmente empresas do regime Lucro Real, e analisou informações de 837 empresas, que juntas faturam R$ 470 bilhões por ano. O especialista destacou que a reforma tributária exigirá um reavaliamento detalhado dos preços de compra de mercadorias e serviços, incluindo itens atualmente não tributados, como comodato e locação de bens móveis e imóveis. “Até os pontos de programas de fidelidade serão tributados!”, alertou Ribeiro.
Para calcular o impacto da reforma, é crucial considerar todos os tributos incidentes ao longo da cadeia produtiva antes de aplicar os novos tributos. Isso permitirá uma definição precisa dos novos preços de venda, garantindo que a margem de lucro não seja comprometida. Ribeiro enfatiza que muitas empresas estão focadas apenas nas alíquotas, quando deveriam se preocupar com a ampliação da base de cálculo.
O levantamento realizado identificou 584 mil itens que sofrerão aumento. Ribeiro ressalta que, dadas as condições atuais, é improvável que a alíquota do IVA dual permaneça em 26,5%, pois o cenário analisado sugere uma arrecadação mais alta.
Ele descreve o IVA da reforma tributária como “Ivão”, um imposto que, apesar de se apresentar como simples e neutro, possui características que o tornam peculiarmente brasileiro. “É um IVA muito diferente, e devemos tomar cuidados específicos com ele”, observa Ribeiro.
Impacto sobre Empresas do Simples Nacional
Outro ponto crítico abordado por Ribeiro foi o impacto da reforma sobre as empresas do Simples Nacional, que atuam como fornecedores e clientes de grandes empresas. A mudança na tributação pode levar à perda de créditos tributários financeiros para essas empresas, o que pode reduzir sua competitividade. O risco é que grandes companhias optem por deixar de comprar de fornecedores do Simples Nacional, o que prejudicaria esse segmento.
A alternativa sugerida é a migração das empresas do Simples para o Regime Regular, o que envolve a adaptação a um regime tributário mais complexo. “São 6 milhões de empresas no Simples Nacional, e a transição exige investimentos significativos em sistemas e processos”, explica Ribeiro.
Regulamentação da Reforma Tributária
A audiência pública também discutiu o primeiro texto base de regulamentação da reforma tributária, o PLP 68/2024, aprovado pela Câmara dos Deputados em julho. Esse texto abrange a regulamentação do IBS, da CBS e do Imposto Seletivo (IS). Além disso, o PLP 108/2024, que trata do Comitê Gestor do IBS, foi aprovado em 13 de agosto e será fundamental para a implementação do novo sistema tributário, substituindo o ICMS e o ISS.
Contribuições da ROIT
A ROIT, liderada por Lucas Ribeiro, tem desempenhado um papel significativo na discussão sobre a reforma tributária. A empresa disponibilizou a Calculadora da Reforma Tributária (https://reformatributaria.com.br/calculadora-da-reforma-tributaria/) para medir os impactos das mudanças e lançou o Portal da Reforma Tributária para fornecer informações atualizadas sobre o tema.
Assista aqui (13min34s) a apresentação de Lucas ao Senado e acesse aqui o documento completo (18 páginas).
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Ferramenta gratuita da JBS realiza mais de 30 mil análises socioambientais para apoiar pecuaristas

Fotos: divulgação
Lançado há um ano, o ‘Cowbot’, ferramenta da JBS para consultas gratuitas, via WhatsApp, sobre a situação socioambiental de propriedades rurais da cadeia de fornecimento dos pecuaristas, já realizou mais de 30 mil análises no período. Com média de 92 consultas por dia útil, o ‘Cowbot’ se consolida como aliado dos pecuaristas na gestão socioambiental da cadeia de fornecimento, fortalecendo a rastreabilidade e a sustentabilidade na pecuária brasileira.
A alta recorrência de uso – três em cada quatro usuários retornam para consultas – demonstra a confiança dos produtores na ferramenta. Utilizado em 20 estados, com destaque para Pará, Mato Grosso, Goiás e Rondônia, o ‘Cowbot’ abrange todas as regiões do país. Além da pecuária, a ferramenta também pode ser utilizada para verificar a conformidade de propriedades de todo tipo de atividade agrícola, como as envolvidas na compra de grãos e outras commodities.
O Cowbot funciona como um chat no WhatsApp, que interage com interessados e oferece as informações. Ele permite que pecuaristas verifiquem a conformidade socioambiental de propriedades rurais antes de negociações, utilizando dados de geolocalização ou o número do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A ferramenta analisa critérios como ausência de desmatamento, embargos ambientais, sobreposição com terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação.
Com tempo médio de resposta inferior a um minuto, a plataforma substitui processos que antes levavam cerca de três dias e dependiam de intermediários, muitas vezes com altos custos.
“O Cowbot democratiza o acesso a informações socioambientais, permitindo decisões mais seguras e conscientes, além de reduzir significativamente o risco de aquisição de animais de áreas irregulares”, afirma Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS. O objetivo da companhia é promover a rastreabilidade da cadeia de commodities em todo o território nacional, assim como faz a Plataforma Pecuária Transparente (PPT).
A Plataforma Pecuária Transparente é uma iniciativa da JBS, protegida com tecnologia blockchain, onde os produtores podem registrar transações entre fornecedores de gado, com segurança, integridade e confidencialidade dos dados. A plataforma, também gratuita e acessível online mediante cadastro, está em constante evolução, incorporando ferramentas como busca de CAR por CPF ou CNPJ, multiprotocolos de avaliação socioambiental e melhorias contínuas na experiência do usuário.
A partir da plataforma os produtores podem organizar os dados de sua própria cadeia de fornecimento e emitir declarações de origem do gado que comercializam. Com essas iniciativas, a JBS reafirma seu compromisso com a transparência e a sustentabilidade na cadeia produtiva, promovendo práticas que contribuem para a preservação ambiental e o fortalecimento do setor agropecuário no Brasil.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
CNA reforça importância de medidas de prevenção a riscos fitossanitários para a cacauicultura brasileira

Foto: Seaf-MT
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (15), de audiência pública sobre os riscos para a cacauicultura brasileira, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O debate reuniu representações da cadeia produtiva do setor para discutir os impactos da entrada de pragas e doenças no país por conta da importação da amêndoa, principalmente da Costa do Marfim.
A audiência pública também teve a presença de produtores rurais, sindicatos rurais e representantes de federações de agricultura e pecuária.
O objeto de preocupação foi a Instrução Normativa (IN) 125/2021, que trata de requisitos fitossanitários para a importação de amêndoas fermentadas e secas de cacau da Costa do Marfim, principal produtor mundial.
A CNA defende uma revisão técnica dos procedimentos fitossanitários do cacau importado para atualizar normas de manejo, a fim de reduzir a probabilidade de ingresso de pragas e doenças, evitando perdas produtivas e econômicas e preservando mercados.
Segundo o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, é importante revisar os requisitos fitossanitários e adotar medidas que protejam a produção nacional e dar tranquilidade ao produtor. Neste contexto, ele defendeu a revisão da IN.
“A revisão da IN 215/2021 é fundamental para garantir segurança aos produtores. O produtor está cansado de correr riscos. Ele tem riscos climáticos e de mercado. Então ele não pode acumular mais o risco fitossanitário na sua conta”, ressaltou.
Ele defendeu que é necessário o Mapa avaliar, de perto, as atuais condições fitossanitárias da Costa do Marfim e, assim, reduzir os riscos de ingresso de pragas que possam ameaçar os produtores brasileiros, já impactados por desafios climáticos e de mercado.
“Essa Comissão pode sugerir ao Mapa, que faça a reavaliação com base no que temos de mais novo em ciência e informações setoriais para que possamos de uma vez por todas trazer tranquilidade aos produtores”.
Ele também propôs a discussão de iniciativas para permitir o desenvolvimento da cadeia produtiva, com regularização fundiária, aprimoramento das estatísticas e melhoria do acesso ao crédito para que o setor tenha condições reais de continuar crescendo de forma sustentável.
“A regularização fundiária é prioridade zero. O produtor da Amazônia não pode ficar à margem da sociedade por inoperância do Estado e sem acesso a crédito, assistência técnica e ao desenvolvimento. Queremos os produtores produzindo, gerando renda, emprego e fazendo com afinco aquilo que ele está disposto a fazer”.
Silva defendeu, ainda, pautas estruturantes para buscar a autossuficiência na produção e mitigação dos riscos.
Produtores do Pará
Pela manhã, a CNA se reuniu com uma comitiva de produtores rurais do Pará para debater os desafios da cacauicultura na região. O grupo foi recebido pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, pelo diretor técnico adjunto, Maciel Silva, e pela assessora técnica, Letícia Barony.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Primeiro levantamento da Conab aponta para uma colheita de 354,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2025/26

Divulgação
O primeiro levantamento para a safra de grãos 2025/26 indica mais um ciclo de crescimento na agricultura brasileira. De acordo com a pesquisa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a primeira estimativa indica uma produção total de 354,7 milhões de toneladas de grãos para a nova safra, volume 0,8% superior ao obtido em 2024/25, e um crescimento na área a ser semeada de 3,3% em relação ao ciclo anterior, sendo estimada em 84,4 milhões de hectares na temporada 2025/26. Os dados estão no 1º Levantamento de safra do novo ano agrícola, divulgado nesta terça-feira (14) pela estatal.
Neste novo ciclo, há uma expectativa de crescimento de 3,6% na área semeada para soja se comparada com 2024/25, estimada em 49,1 milhões de hectares. Com isso, a Conab estima uma colheita de 177,6 milhões de toneladas na safra 2025/26 frente à colheita de 171,5 milhões de toneladas da temporada anterior. As precipitações ocorridas em setembro nos estados do Centro-Sul do país permitiram o início do plantio com 11,1% da área já semeada, índice ligeiramente superior ao ocorrido até o mesmo momento do ciclo passado, Nos maiores estados produtores de soja do país, Mato Grosso e Paraná, nos primeiros 10 dias de outubro, registravam 18,9% e 31%, respectivamente, da área semeada.
Assim como a soja, é esperada uma maior área plantada para o milho em 2025/26, podendo chegar a 22,7 milhões de hectares, com uma expectativa de produção de 138,6 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão. Apenas na primeira safra do cereal, a Companhia prevê um incremento na área semeada em torno de 6,1%, com estimativa de colher 25,6 milhões de toneladas, crescimento de 2,8% em relação à safra passada. No Rio Grande do Sul, onde a semeadura tem início a partir do final de agosto, em 11 de outubro, já havia 83% da área semeada, 84% no Paraná e 72% em Santa Catarina. Já no Centro-Oeste e nos demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
Já para o arroz, a primeira estimativa para o ciclo 2025/26 indica uma redução de 5,6% na área a ser semeada, projetada em 1,66 milhão de hectares, sendo que na área irrigada a queda está prevista em 3,7% e na de sequeiro a diminuição pode chegar a 12,5%. Com a menor área destinada à cultura, a produção de arroz pode chegar a 11,5 milhões de toneladas. Na região Sul, principal produtora do grão, os produtores intensificam os trabalhos de preparo do solo e do plantio.
No caso do feijão, por ser uma cultura de ciclo curto, a tendência é que a safra 2025/26 mantenha-se próxima da estabilidade. Somada as três safras da leguminosa, a produção está estimada em 3 milhões de toneladas. A área da primeira safra do grão deverá ter redução de 7,5% em comparação com o primeiro ciclo da temporada 2024/25, totalizando uma previsão de plantio em 840,4 mil hectares. A semeadura foi iniciada na região Sudeste do país, com 100% da área semeada em São Paulo, e em andamento nos demais estados da região. Na Bahia, terceiro maior produtor da leguminosa, e nos demais estados, o plantio ainda não foi iniciado.
Culturas de inverno
Com cerca de 40% das lavouras de trigo colhidas, a previsão aponta para uma produção em 2025 de 7,7 milhões de toneladas, 2,4% abaixo da safra 2024. Principal produto dentre as culturas de inverno, a redução prevista para a colheita decorre, principalmente, da retração de 19,9% na área cultivada, motivada por condições menos favoráveis ao cultivo no momento de decisão da implantação da atual safra.
Mercado
As primeiras projeções da Conab para a safra 2025/26 apontam um incremento nas exportações de milho. Enquanto os embarques do grão do ciclo 2024/25 estão estimados em 40 milhões de toneladas, para a nova temporada a Conab prevê uma comercialização de 46,5 milhões de toneladas. Também é esperado um incremento no consumo interno, que passa de 90,5 milhões para 94,5 milhões de toneladas, impulsionado principalmente pela maior demanda de milho para produção de etanol. Ainda assim, a estimativa é que os estoques de passagem ao final da safra 2025/26 permaneçam próximos da estabilidade.
Para a soja, a previsão de redução nas exportações dos Estados Unidos e o aumento da procura global, aliados à expansão da produção brasileira, permitem prever um crescimento nas exportações brasileiras. Assim, o país deve manter-se, mais uma vez, como o maior exportador mundial da oleaginosa, podendo ultrapassar as 112,11 milhões de toneladas exportadas. Além disso, a previsão de aumento na mistura de biodiesel ao diesel e a crescente procura por proteína vegetal indicam que o volume de esmagamento de soja poderá atingir 59,56 milhões de toneladas em 2026.
No caso do arroz, mesmo com a redução na área semeada, há expectativa de manutenção de boa oferta do grão no mercado interno. Diante deste cenário, o país deverá ampliar o volume exportado do grão, alcançando 2,1 milhões de toneladas na safra 2025/26 frente a uma estimativa de embarque de 1,6 milhão de toneladas na safra 2024/25. Já as importações e o consumo no mercado doméstico deverão permanecer estáveis, em torno de 1,4 milhão de toneladas e 11 milhões de toneladas respectivamente. Com isso, para a safra 2025/26, a expectativa é de leve redução de 11,4% nos estoques de passagem, estimados em 1,82 milhão de toneladas em fevereiro de 2027, embora ainda em patamar elevado.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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