Agricultura
Lula defende pavimentação da BR-319 devido seca no rio Madeira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira uma pactuação com o Estado do Amazonas para a conclusão da BR-319, estrada que liga a capital amazonense Manaus a Porto Velho, capital de Rondônia, e afirmou que é necessário assegurar que a conclusão da rodovia não trará desmatamento da floresta amazônica na região.
Em visita a Manaquiri, no Amazonas, para vistoriar os estragos causados pela seca e pelas queimadas na região, Lula prometeu ainda ajuda do governo federal às comunidades locais por meio, por exemplo, de envio de filtros de água e obras de dragagem de rios, cuja navegabilidade foi comprometida pela estiagem.
Nós vamos chamar vocês para a gente discutir essa BR-319″, disse Lula, dirigindo-se ao governador do Amazonas, Wilson Lima (União) e a senadores do Estado presentes no evento.
“Nós queremos pactuar, governador, com o Estado. Estado e a Federação. Nós vamos ter que garantir que nós não vamos permitir o desmatamento e a grilagem de terra próximo à rodovia”, afirmou o presidente, acrescentando que é preciso acabar “com essa história” de que a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, é responsável por impedir a construção da rodovia.
A controvérsia envolve o chamado “trecho do meio” da BR-319, que não está pavimentado e passa pelo meio da floresta amazônica, o que gera preocupações entre ambientalistas de que a chegada do asfalto poderá ser um vetor de desmatamento da floresta na região, como já ocorreu com outras estradas construídas na Amazônia.
O asfaltamento do trecho, de cerca de 400km, está suspenso por decisão judicial, que aponta falta de garantias ambientais para o projeto. No final de agosto, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) rejeitou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para derrubar a decisão e liberar a pavimentação da rodovia.
Em seu discurso, Lula lembrou que a rodovia ganhou ainda mais importância dada a queda da navegabilidade do Rio Madeira, consequência da seca.
“Nós temos consciência de que, enquanto o rio estava navegável, cheio, a rodovia não tinha a importância que tem, enquanto o Rio Madeira estava vivo. E nós não podemos deixar duas capitais isoladas”, disse Lula.
“Mas nós vamos fazer com a maior responsabilidade e queremos construir uma parceria de verdade.”
fonte Terra.com
Agricultura
Colheita acelera e reduz preços do milho

Foto: USDA
As expectativas para o milho da segunda safra seguem elevadas, com projeções variando entre 105 e 108 milhões de toneladas. No entanto, o mercado continua enfrentando dificuldades no lado da demanda, o que tem limitado reações positivas nos preços. A análise é da Grão Direto, divulgada nesta segunda-feira (9).
Segundo a consultoria, a indústria de proteína animal, principal compradora do cereal, ainda sente os efeitos dos embargos sanitários impostos após o registro de um caso isolado de gripe aviária em Montenegro (RS). “Apesar das restrições ainda em vigor com cerca de 40 países, existe a expectativa de que o bloqueio ao estado do Rio Grande do Sul seja retirado já na próxima semana, o que pode reabrir parte da demanda externa”, aponta a análise.
No mercado interno, as usinas de etanol têm adotado uma postura mais conservadora. Com estoques elevados e margens apertadas, essas unidades têm comprado milho apenas para o curto prazo. “A queda recente nos preços dos combustíveis, influenciada pela política de paridade da Petrobras e pela desvalorização do petróleo, reduziu a competitividade do etanol”, observa a Grão Direto. Esse cenário tem restringido o ritmo de compras pelas usinas e impedido avanços consistentes nos preços do milho, apesar da demanda estável.
A colheita da segunda safra começou a avançar no Centro-Oeste. Embora algumas regiões ainda registrem chuvas pontuais, a expectativa é de aceleração nas próximas semanas. Com o aumento da oferta, os preços já mostram sinais de queda. Em municípios do norte do Mato Grosso, como Sinop, Sorriso e Itanhangá, foram registrados negócios abaixo de R$ 40,00 por saca.
A pressão decorre não apenas da entrada do milho no mercado, mas também do desalinhamento com a paridade de exportação (PPI). No Sul e Sudeste, granjas continuam pagando acima da referência para exportação, evidenciando que há firmeza na demanda interna, especialmente por parte da indústria de proteína animal.
No entanto, acordos comerciais recentes entre os Estados Unidos e países asiáticos, importantes compradores do milho brasileiro, têm aumentado a concorrência no mercado internacional. “Esses novos contratos ampliam a competitividade externa e tendem a pressionar ainda mais os preços do milho nacional destinado à exportação”, destaca a análise.
A Grão Direto aponta que, diante da combinação entre alta oferta, postura cautelosa das usinas e competição internacional crescente, a semana tende a ser marcada por preços mais baixos e instabilidade no mercado. “Não há muito espaço para reações no curto prazo”, conclui a consultoria.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Fertirrigação: Tecnologia que potencializa a pecuária

Divulgação
A fertirrigação vem se consolidando como uma poderosa aliada do produtor de leite e de silagem. Segundo José Guilherme Gomes dos Reis, gestor da Fazenda Mutum e consultor da Bankei, essa técnica une irrigação e adubação, levando nutrientes diretamente às plantas de maneira eficiente e sustentável. Sua aplicação pode ser feita tanto na pastagem quanto nas lavouras destinadas à produção de silagem.
“Você já pensou em unir irrigação e adubação para turbinar sua produção de leite? A fertirrigação leva nutrientes diretamente às plantas, de forma eficiente e sustentável, pode ser usada na pastagem ou lavoura para produção de silagem”, comenta o especialista.
Entre os principais benefícios, segundo Reis, destaca-se a garantia de uma pastagem de alta qualidade durante todo o ano, mantendo o fornecimento de nutrientes essenciais para o gado. Isso reflete diretamente na saúde animal e no aumento da produção de leite, além de elevar significativamente a qualidade nutricional da silagem.
A técnica também promove um crescimento mais uniforme das plantas, gerando mais alimento por hectare e melhorando o aproveitamento dos fertilizantes. Com isso, há uma expressiva redução nos custos operacionais, além de contribuir para práticas mais sustentáveis, com menor impacto ambiental.
Diante desses resultados, José Guilherme reforça que investir na fertirrigação é uma estratégia inteligente para quem busca aumentar produtividade, qualidade e sustentabilidade na pecuária leiteira e na produção de volumosos. Segundo ele, esse mecanismo é capaz de aumentar a produtividade.
agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Como combater o caruru?

Divulgação
O caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) representa uma séria ameaça às lavouras brasileiras. Originário do sudoeste dos Estados Unidos e do México, foi identificado no Brasil na safra 2014/2015, no Mato Grosso, e mais recentemente no Mato Grosso do Sul. Segundo o professor Anderson Cavenaghi, da Univag, trata-se de uma planta altamente agressiva, capaz de crescer até quatro centímetros por dia e produzir até 600 mil sementes, que podem permanecer viáveis no solo por até 18 anos.
Essa invasora já afeta cultivos de soja, milho e algodão, podendo causar perdas de até 91% no milho, 79% na soja e 77% no algodão, segundo estudos internacionais. Sua resistência ao glifosato e a herbicidas inibidores da ALS torna o controle ainda mais desafiador. Por isso, a recomendação dos especialistas é adotar o manejo integrado, combinando defensivos agrícolas, plantas de cobertura, controle manual e práticas preventivas.
Entre as ações fundamentais estão o uso de herbicidas pré e pós-emergentes, a rotação de mecanismos de ação, além da limpeza rigorosa de máquinas e equipamentos para evitar a dispersão das sementes. A Instrução Normativa INDEA-MT 003/2020 foi um marco no combate à espécie, mas, segundo Cavenaghi, a vigilância contínua é essencial.
O pesquisador reforça que o sucesso no controle do caruru-palmeri depende da união entre agricultores, consultores, empresas, instituições de pesquisa e órgãos governamentais. Somente assim será possível proteger a produtividade e a competitividade das lavouras brasileiras frente a esse desafio crescente.
A continuidade do monitoramento, associada ao uso criterioso de defensivos e à integração de estratégias agronômicas, é fundamental para a sustentabilidade das lavouras brasileiras. O trabalho conjunto entre produtores, consultores e instituições de pesquisa é decisivo para enfrentar essa ameaça e manter a produtividade nas principais cadeias do agronegócio nacional”, finaliza.
Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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