Agricultura
Imea projeta 12,66 milhões de hectares para a soja, mas reduz estimativa do algodão

Divulgação
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou nesta terça-feira seu boletim semanal, trazendo projeções importantes para o setor agrícola de Mato Grosso. De acordo com o relatório, a colheita de algodão está em fase final, com 86,77% da área prevista já concluída. A produção de algodão em caroço e pluma deve atingir volumes recordes no estado, com 6,39 milhões de toneladas e 2,65 milhões de toneladas, respectivamente.
O boletim mantém a projeção de área de soja para a safra 2024/25 em 12,66 milhões de hectares, com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) antecipando o fim do vazio sanitário da soja para 7 de setembro, permitindo aos produtores mato-grossenses começarem a semear mais cedo.
Apesar dos bons números, a produtividade média do algodão para o estado foi revisada para 291,16 arrobas por hectare, uma redução de 6,42% em relação à temporada anterior. O Imea também ajustou a área plantada de algodão para a safra 2023/24, que agora está projetada em 1,46 milhão de hectares, uma ligeira queda de 0,11% em relação à previsão anterior.
No caso do milho, o consumo no estado alcançou 15,90 milhões de toneladas, 6,42% a mais do que na safra 2022/23. Esse aumento é atribuído principalmente ao crescimento da demanda por parte das usinas de etanol, que representam 73,83% do consumo de milho em Mato Grosso. Entretanto, a demanda total para a safra 2023/24 foi revisada para 48,20 milhões de toneladas, 6,08% abaixo da temporada anterior.
As condições climáticas são motivo de preocupação para os produtores. A falta de chuvas prevista para os próximos meses pode afetar o ritmo da semeadura no início da safra e comprometer o potencial produtivo das áreas semeadas precocemente. A maioria dos produtores tende a aguardar a normalização das chuvas para iniciar os trabalhos no campo, segundo o Imea.
Por fim, o relatório também destaca uma redução de 9,63% nas exportações previstas para a safra 2023/24, mas com a maior participação dentro da demanda do estado, atingindo 56,65%. Com esses ajustes, o estoque final do ciclo foi estimado em 1,13 milhões de toneladas.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Modelo pioneiro de “Plano Safra estadual” é apresentado

Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN
A iniciativa pioneira do Paraná de criar um “Plano Safra estadual” para potencializar o agronegócio vai servir de modelo para o restante do Brasil. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Fomento Paraná apresentaram nesta terça-feira (06), de forma online, as bases do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Paraná FIDC) a representantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para que a estrutura possa ser replicada no restante do País.
Anunciado em dezembro, o Paraná FIDC vai oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural e agroindustrial. A ideia é promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná. Para isso, o Estado vai aportar R$ 350 milhões para financiar essas iniciativas e espera gerar R$ 2 bilhões em negócios no campo.
Um dos pontos destacados na apresentação feita ao Comsefaz foi justamente a diferença da iniciativa paranaense em relação àquilo que o Plano Safra já oferece. Enquanto o programa federal concentra a maior parte dos recursos para o custeio e comercialização da produção, o foco do Paraná FIDC estará na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.
O fundo deve contribuir ainda na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas.
Como explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, um dos objetivos do fundo é justamente promover a industrialização e modernização do campo. “Queremos incentivar o processamento e a agregação de valor de tudo o que sai da roça. Para isso, é importante motivar investimentos locais e atrair investidores de fora para que façam aqui plantas, novas integrações, novas cooperativas fortalecidas”, disse. “Assim, o crédito será oferecido para financiar essa expansão agroindustrial, a modernização de plantas, a instalação de novas indústrias que produzam alimentos no Paraná”.
Outra característica única do Paraná FIDC é que as empresas que aplicarem recursos no fundo poderão contar com a devolução de créditos do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) homologados via Siscred em 24 parcelas. Com isso, a expectativa é atrair mais empresas que queiram investir na agroindústria paranaense.
“É um avanço importante e o Brasil inteiro está de olho nisso – o que é bom. Tem muita gente interessada querendo saber como é que nós inventamos essa nova forma de financiar a atividade agroindustrial e estamos aqui para exportar essas boas ideias. Queremos levar para o restante do Brasil o jeito de fazer do Paraná”, destaca o secretário.
ENTUSIASMO DO MERCADO – Ainda na apresentação aos representantes do Comsefaz, o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile, reforçou o entusiasmo com que o mercado aguarda o lançamento do Paraná FIDC, o que demonstra o quanto a iniciativa já nasce bem-sucedida. “O mercado está sedento por esse tipo de produto”, apontou.
Segundo ele, todo esse interesse pelo fundo de investimento é algo que permite ao Paraná prospectar um crescimento não apenas na produção agroindustrial, mas também na economia e na própria qualidade de vida dos paranaenses.
“É importante destacar que todo o investimento fica no estado. Então ele fomenta a receita, emprego, tributo. É um ambiente que fortalece o agro, mas toda a cadeia é beneficiada para que a Secretaria da Fazenda, por exemplo, possa injetar recursos em outras áreas”, acrescentou Stabile. “Todo o estado ganha com isso”.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Nova cultivar de uva branca reduz em 50% o custo de mão de obra

Foto: João Dimas Garcia Maia
A Embrapa lança no mercado a BRS 54 Lumiar, uma nova cultivar de uva branca sem semente, capaz de reduzir em 50% os custos com mão de obra no manejo do cacho, que representa em torno de 40% do custo total da mão de obra, no Semiárido brasileiro.
A inovação busca resolver os principais gargalos da produção de uvas de mesa, que são: a alta demanda de mão de obra para realizar o manejo de cachos e as poucas opções de cultivares brancas sem sementes.
Com isso, oferece potencial para impulsionar o segmento no País. Além da economia no campo, a Lumiar se destaca pelo conjunto de qualidades sensoriais: bagas grandes e elípticas, textura crocante e macia, alto teor de açúcares, ausência de adstringência na película e acidez equilibrada ao final da maturação. Mais informações técnicas estão disponíveis na publicação.
A nova cultivar é mais um resultado do portfólio de uvas de mesa sem sementes do programa de melhoramento genético “Uvas do Brasil” coordenado pela Embrapa, para cultivo na região do Vale do Submédio São Francisco (VSF).
Segundo João Dimas Garcia Maia, um dos pesquisadores da Embrapa responsável pelo desenvolvimento da nova cultivar, a BRS 54 Lumiar atende a uma demanda histórica do semiárido por uma cultivar branca sem sementes. Ele destaca que a operação de raleio, para descompactar os cachos (técnica de retirar frutos em excesso), melhora o aspecto visual e a qualidade.
No geral, as cultivares estrangeiras de uvas sem sementes demandam, no mínimo, 50% a mais de mão de obra para a realização dessa prática. Além disso, geram outros custos para os produtores, que precisam arcar com royalties a cada quilo de fruta vendida. No caso das cultivares nacionais desenvolvidas pela Embrapa, é necessário pagar apenas pelas mudas, sem a cobrança dessas taxas.
Diferenciais da nova cultivar
De acordo com Dimas, além de atender às exigências do mercado consumidor, que está cada vez mais exigente na escolha das frutas, uma nova cultivar de uva de mesa deve apresentar outras características determinantes. Entre as principais, destacam-se produtividade, tolerância ou resistência a doenças, presença de novos sabores e redução da necessidade de mão de obra para o manejo dos cachos.
Desconsiderando a pós-colheita, em geral, o custo da mão de obra na produção de uvas de mesa para as cultivares tradicionais corresponde a cerca de 35% do custo total. “Nesse cálculo, consideramos etapas como poda, raleio de cachos, aplicação de defensivos e colheita”, afirmam os pesquisadores José Fernando Protas e Joelsio Lazzarotto, da área de socioeconomia da Embrapa.
Para o produtor e consultor Newton Matsumoto (foto à esquerda), referência na viticultura do Vale do São Francisco e um dos 12 validadores da BRS 54 Lumiar no Semiárido, “além da economia com royalties e do custo de produção mais baixo, a cultivar entrega produtividade, sabor e aparência. É uma uva com grande potencial de mercado, que deve agradar tanto produtores quanto consumidores”, avalia.
A BRS Lumiar também foi avaliada em outras regiões produtivas, como a Serra Gaúcha, sua recomendação de cultivo até o momento é para o submédio do São Francisco, como explica Dimas.
(Com Embrapa)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Trabalhador morre durante desmontagem de estande na Agrishow

O trabalhador Carlos Daniel da Costa, de 25 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (8) após sofrer um acidente no dia anterior durante desmontagem do estande da empresa Kuhn do Brasil, na Agrishow.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, uma peça de maquinário do espaço se soltou e o atingiu na cabeça. O operário recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhado ao Hospital Unimed, onde não resistiu aos ferimentos.
Em nota, a Kuhn do Brasil lamentou o ocorrido e disse que está prestando auxílio à família da vítima. “Neste momento, expressamos os nossos sentimentos de solidariedade e condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho. Tratava-se de um colaborador sempre comprometido e reconhecido pelo seu profissionalismo. A sua ausência será sentida por todos”, comunicou.
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A organização da Agrishow também divulgou comunicado em que lamenta a morte de Carlos Daniel e afirma estar dando todo o suporte necessário às autoridades locais para apuração das causas do acidente.
Trata-se do segundo ano seguido em que há registro de morte de trabalhadores na feira. Na edição passada, em 2 de maio de 2024, no penúltimo dia, um acidente com um helicoptero particular derrubou a tenda em que Márcio Sabino Silva, de 27 anos, estava. Ele morreu quatro dias após o ocorrido.
O caso motivou o veto ao pouso de aeronaves na fazenda em que a feira é organizada, proibição que já passou a valer na edição deste ano.
De acordo com a organização, a feira gera mais de sete mil trabalhos temporários para atender a infraestrutura de montagem e desmontagem.
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