Agricultura
A palma é como uma poupança, afirma produtor rural

Foto: Faemg
A necessidade de criar estratégias para conviver com a pouca chuva e os efeitos da seca têm acompanhado a rotina de pecuaristas no Norte de Minas, especialmente no que diz respeito ao segundo semestre desse ano. Porém, uma “novidade” vem dando ânimo aos produtores: o uso, cada vez mais difundido, da palma forrageira na rotina alimentar do rebanho.
“Utilizei uma parte do meu plantio de palma no fim do ano passado. Foi a salvação, pois os meus gastos apertaram muito com alimentação! Todos os anos venho aumentando a área de plantio, porque a palma é como uma poupança, uma reserva estratégica necessária”, afirma o produtor rural Nilton César de Oliveira, de Porteirinha.
Com uma propriedade dedicada à produção de leite e queijos, Nilton ganhou mais tranquilidade e até uma certificação após participar do 6º Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido, realizado em Montes Claros, em outubro do ano passado.
O evento promovido pelo Sistema Faemg Senar e pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa/Senar-PB), abordou junto a técnicos de campo, pesquisadores e produtores várias alternativas para o cultivo da palma em regiões com déficit hídrico.
Plantio após o Congresso
Logo após o Congresso, vários sindicatos rurais da região se organizaram para aquisição de raquetes de palma junto a parceiros, entre eles, a Epamig. Osmar Dias Oliveira, de Matias Cardoso, foi um dos contemplados com cerca de 700 mudas. Do plantio que ele fez em 2023, uma parte já pode integrar a dieta dos animais.
“O plantio da palma pegou bem! Se precisar, a partir de julho, época mais seca e de falta de comida, já dá para salvar muito gado e ajudar na alimentação. O gasto com ração aumenta muito no segundo semestre do ano, então estou prevenindo para a hora mais difícil. Essa mudança vai garantir mais renda, e já pensando em 2025, será possível aumentar minha produção”, pontua o produtor.

Apoio do ATeG
Por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), as pesquisas debatidas no Congresso seguem reverberando entre os produtores rurais. Joelson Queiroz de Almeida, de Icaraí de Minas, não conseguiu participar do evento, mas participou de outras iniciativas realizadas nos meses seguintes. Ele, que começou o plantio de palma vendo vídeos na internet, tem feito ajustes e replantio para garantir o alimento do rebanho.
“Com o déficit hídrico da região, nunca desisti dessa cultura. O ATeG tem ajudado a certificar estes conhecimentos. Posicionamos a palma dentro da dieta e rotina no trato com os animais, como um complemento e composição energética, que pode substituir, por exemplo, o fubá de milho. Há três anos voltei ao Norte para atuar na produção rural, já com a ideia de plantar a palma. Passei a conhecer as pesquisas realizadas aqui, visitei a unidade de referência tecnológica em Montes Claros. Percebo que está ainda mais viável e com parcerias importantes.”, enfatiza.

Planejamento estratégico
Com um primeiro ano de ajustes, muitos produtores querem fazer de 2024 um ponto de mudança total de rota na efetivação da palma. É o caso da região de Espinosa. Por lá, o sindicato espera conseguir 50 mil raquetes por meio da Epamig e Emater.
“Nós vivemos numa região de semiárido, onde passamos por longos períodos de estiagem. A gente vê a necessidade de uma suplementação alimentar para esses períodos de maior escassez. Para este ano, vamos fazer um planejamento junto aos técnicos de campo para adaptações no plantio, protocolos, adubações, manejo, espaçamento, entre outros, para facilitar ao produtor e conseguirmos estabelecer essa cultura aqui na região”, explica o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Marcos Vinicius Alves Nogueira.
O gerente regional do Sistema Faemg Senar, Dirceu Martins, enfatiza que esse movimento de valorização da cultura da palma vai garantir muitos benefícios aos produtores.
“Fico feliz de ver que alguns produtores internalizaram a importância de utilizar a palma. É mais uma prova de que estamos no caminho certo, trazendo inovação e tecnologia para a região. Já começamos a entrar em um momento crítico do ano para a pecuária, com as pastagens perdendo água, e o produtor rural tem que entrar com a suplementação para não haver redução da produtividade. A palma forrageira tem a capacidade de auxiliar exatamente neste período mais crítico”, finaliza.
Agricultura
Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.
Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.
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Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:
São Paulo: R$ 322,63
Goiás: R$ 316,78
Minas Gerais: R$ 311,57
Mato Grosso: R$ 306,40
Mato Grosso do Sul: R$ 319,48
Pará: R$ 307,64
Rondônia: R$ 281,22
Tocantins: R$ 303,01
Bahia: de 312,20
O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.
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Agricultura
Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.
O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.
“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
EUA registram receita recorde na operação de carne bovina
Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.
Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.
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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.
A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.
Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil
No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.
A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.
Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.
JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado
A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).
Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.
Empresa reforça foco em crescimento sustentável
O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”
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Agricultura
Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.
A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Preços médio da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 327,33
- Goiás: R$ 320,89
- Minas Gerais; R$ 315,88
- Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
- Mato Grosso: R$ 309,12
Mercado atacadista
O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.
- Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
- Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
- Ponta de agulha: R$ 19,00/kg
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.
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