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Agricultura

Momento é crucial para produtores decidirem sobre venda escalonada da safra

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Foto: Divulgação Assessoria

 

O momento atual de mercado com a recuperação nos preços da soja exige que os produtores tomem decisões estratégicas sobre a comercialização de sua safra, aliando boas práticas de gestão para garantir rentabilidade. De acordo com especialistas do setor, este é um período-chave para os produtores brasileiros alavancarem seus negócios.

“Mesmo com a safra americana de soja se desenvolvendo dentro da normalidade e perspectivas de aumento na produção para cerca de 120 milhões de toneladas, os preços da oleaginosa seguem em patamares elevados próximos dos US$ 12 o bushel. Esse cenário representa uma excelente oportunidade para os produtores brasileiros obterem retornos satisfatórios ao comercializarem parte de seus estoques”, destaca André Morselli, especialista em gestão do agronegócio pela ESALQ e gerente de Barter da ADAMA.

No entanto, Morselli ressalta que os produtores precisam exercer uma postura mais empresarial para os seus negócios, adotando ferramentas de gestão de comercialização diversificada e mais assertiva. “Atualmente, há diversas possibilidades de hedge disponíveis que podem ajudar na proteção das vendas por parte do produtor.

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Dentre as estratégias recomendadas para o atual momento, destacam-se a venda imediata de parte da produção, garantido preços mais interessantes oferecidos pelo mercado e a contratação de estruturas de derivativos (opções de ‘call’) que permitam a participação nas eventuais altas que o mercado possa oferecer durante o período de exercício da ‘opção’”, explica. “Essas estruturas aliadas às operações de Barter podem ser uma ferramenta interessante para o produtor travar os custos de insumos para a próxima safra utilizando a produção disponível aproveitando uma boa ‘relação de troca’. Essas medidas permitirão ainda aos produtores protegerem-se contra eventuais baixas nos preços, mantendo a possibilidade de participação nas altas, além de eliminar os custos de “carrego” da soja mantida depositada”, explica.

Aprendizado das safras passadas

Com uma gestão profissionalizada, envolvendo planejamento detalhado dos gastos e adoção de instrumentos de comercialização, os produtores estarão mais bem preparados para extrair o máximo de rentabilidade de seus negócios agrícolas em meio às flutuações de mercado. Não há mais espaço para improvisos no campo, de acordo com o especialista. “Adotar uma postura inerte e simplesmente “apostar todas as fichas” em um preço alvo desvinculado dos fundamentos de mercado, pode acabar gerando um risco importante para o negócio, assim como ocorreu com muitos produtores que tiveram que vender parte de sua produção em 2023/24 com preços já em baixa, comprometendo a rentabilidade final”, reforça.

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Apesar das incertezas que fazem parte do agronegócio, muitos produtores ainda alimentam expectativas desalinhadas com os fundamentos que acabam inibindo a participação nas oportunidades pontuais oferecidas pelo mercado. No entanto, Morselli alerta que não ter uma estruturação de comercialização bem elaborada e postergar demais a decisão de venda pode ser um risco.

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De acordo com o gerente de Barter, as lições recentes reforçam a necessidade de os produtores repensarem suas estratégias com uma visão mais empresarial. “O velho paradigma do lavoureiro preocupado apenas com o ciclo plantio, colheita, armazenagem e venda não mais se sustenta. Hoje todas as etapas do negócio devem ser planejadas antecipadamente com estratégias bem definidas de acordo com os fundamentos de mercado”, aponta.

Estima-se que a produção brasileira de soja para 2023/24 fique próxima de 150 milhões de toneladas. “Com a adoção das melhores práticas de gestão e escolha criteriosa dos melhores momentos para comercialização, os produtores estarão mais bem posicionados para capitalizarem ao máximo os bons preços atuais, alavancados por CBOT mais valorizado, prêmios fortalecidos pelo ritmo bom das exportações e câmbio desvalorizado para garantirem uma melhora na rentabilidade desta temporada”, diz Morselli.

“É fundamental planejar criteriosamente as operações, prevendo gastos, cronogramas e estratégias comerciais. Diante de um cenário que aponta para potencial recuo dos preços em Chicago nos próximos meses, ainda que partindo dos atuais patamares elevados na casa dos US$ 12/bushel, a orientação dos especialistas é aproveitar a boa oportunidade oferecida pelo mercado atual. Existe uma gama de ferramentas e serviços de comercialização e hedge à disposição dos produtores em tradings, bancos, corretoras e até empresas como a ADAMA disponibilizadas através das operações de Barter”, finaliza.

(Com Assessoria Adama)

Redação Sou Agro

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Arroba do boi aumentou na 1ª quinzena de agosto; e agora, o que esperar?

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Foto: Kadijah Suleiman/Embrapa Rondônia

O mercado brasileiro de boi gordo se deparou com a manutenção do padrão de negociações em grande parte do país durante a semana.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar boas compras para o avanço das escalas de abate nos atuais patamares de preços, que se mostraram maiores frente à semana passada.

“No entanto, ao que tudo indica, um perfil mais lateralizado de preços deve ser evidenciado no restante do mês nos principais estados produtores, ou seja, sem apelos para alta ou baixa em relação aos atuais patamares”, diz.

O analista avalia que as exportações de carne bovina do Brasil seguem contundentes e com espaço para a obtenção de mais um recorde em 2025, em volume e, principalmente, em receita.

Variação de preços da arroba do boi

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de agosto em comparação ao dia 8:

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  • São Paulo (Capital): R$ 315, alta de 1,61% frente aos R$ 310
  • Goiás (Goiânia): R$ 305, avanço de 3,39% perante os R$ 295
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 300, valor inalterado
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, valorização de 1,59% frente aos R$ 315
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300
  • Rondônia (Vilhena): R$ 275, avanço de 1,85% frente aos R$ 270

Mercado atacadista

O mercado atacadista voltou a apresentar firmeza em seus preços no decorrer da semana. Contudo, para Iglesias, a perspectiva é de um menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.

Ele volta a frisar que a maior competitividade das proteínas concorrentes, com ênfase para a carne de frango, ainda é uma variável determinante a ser considerada no curto prazo.

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,30 o quilo, aumento de 1,30% frente aos R$ 23 praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18 o
quilo, avanço de 1,12% ante os R$ 17,80 registrados no período anterior.

Exportações de carne bovina

Foto: Pixabay

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 447,189 milhões em agosto (6 dias úteis), com média diária de US$ 74,531 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chega a 80,470 mil toneladas, com média diária de 13,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.557,20.

Em relação ao mesmo período de agosto de 2024, há alta de 70% no valor médio diário da exportação, ganho de 35,7% na quantidade média diária embarcada e valorização de 25,3% no preço médio.

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Agricultura

Ciclone provoca temporais e ventos de até 100 km nos próximos dias

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Foto: Ilustração/NASA

O aprofundamento de um sistema de baixa pressão atmosférica na altura do Paraguai no decorrer da próxima segunda-feira (18), começa aumentar a condição de vento sobre áreas do centro-sul do Brasil no início da próxima semana.

Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.

Na terça-feira (19), teremos a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria, o que potencializa o risco para fortes rajadas de vento, principalmente no Rio Grande do Sul, no centro-oeste e sul de Santa Catarina, oeste e sudoeste do Paraná e nas cidades do sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul, com alerta para rajadas variando de 80 até 100 km/h em algumas localidades.

O risco é muito alto para problemas relacionados a ventania como queda de estruturas, principalmente as mais fragilizadas, destelhamentos, queda de árvores e interrupção da distribuição de energia elétrica.

Durante o processo de formação da frente fria, a condição de chuva aumenta e as linhasde instabilidades que se formam pelo processo de frontogênese, podem provocar temporais com granizo, sobretudo no estado do Rio Grande do Sul. A chuva pode cair forte, e com risco para temporais com raios e fortes rajadas de vento, também em Santa Catarina e no sudoeste, oeste e sul do Paraná, além das cidades do extremo sul de Mato Grosso do Sul, que ficam em alerta.

O risco para alagamentos e transtornos aumenta em decorrência do volume pontual mais elevado e a forte ventania pode provocar agitação no litoral da região Sul.

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O contraste entre a massa de ar frio e a barreira criada pelo bloqueio atmosférico no interior do país, gera a condição também para algumas rajadas fortes no norte do Paraná, interior e oeste de SP, no norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso na terça-feira (19) com rajadas de 60 até 80 km/h.

Na quarta (20), o ciclone de afasta mais para alto mar, porém, ainda teremos bastante vento presente com rajadas fortes no Sul, ainda podendo alcançar os 80 km/h, especialmente no Rio Grande do Sul.

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Agricultura

Coelhos selvagens com ‘chifres’ chamam atenção nos EUA

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Reprodução Redes Sociais

Imagens de coelhos selvagens com protuberâncias semelhantes a “chifres” na cabeça têm chamado a atenção de moradores e viralizado nas redes sociais nos Estados Unidos. Os animais foram registrados principalmente no estado do Colorado, mas também há relatos de aparições em Wyoming, Nebraska, Kansas e Dakota do Sul.

As imagens mostram crescimentos escuros ao redor da boca, dos olhos e das orelhas, o que gerou preocupação entre moradores. Muitos se referem aos animais como “coelhos mutantes” e fizeram comparações com os monstros da série The Last of Us, conhecida por retratar infecções que causam mutações físicas.

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Segundo especialistas, os coelhos não representam risco para humanos. As protuberâncias são causadas por uma infecção pelo papilomavírus de Shope,uma condição viral benigna que afeta apenas coelhos e provoca verrugas, geralmente na cabeça e pescoço.

Em entrevista ao jornal The New York Times, Kara Van Hoose, porta-voz do Colorado Parks and Wildlife, explicou que a doença não é transmissível a humanos nem a outras espécies, mas pode se espalhar entre coelhos , o que exige atenção de tutores de animais domésticos.

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Ainda de acordo com Van Hoose, os casos tendem a aumentar nesta época do ano, quando vetores do vírus, como pulgas e carrapatos, se tornam mais ativos. As verrugas podem afetar a alimentação e a visão dos animais infectados, embora a doença, em si, não seja considerada grave.

“Estamos tão acostumados a ver coelhos que, quando nos deparamos com algo assim, pensamos: ‘Meu Deus, o que é isso na cara dele? Eu sei como um coelho deveria parecer, mas isso definitivamente não é normal’”, disse a porta-voz.

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