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Rabobank: apesar de queda no preço das rações para suínos pelo terceiro mês seguido, margens apertadas ainda preocuopam

Segundo relatório do Rabobank a respeito da suinocultura mundial referente ao terceiro trimestre de 2022, mesmo com algum recuo no custo da nutrição dos suínos no Brasil, o produtor segue preocupado com as margens apertadas. A queda drástica nas margens do suinocultor no primeiro trimestre do ano e em parte do segundo trimestre motivaram um enxugamento do plantel, com abate de matrizes, consequentemente aumentando a oferta de carne suína. No restante do segundo trimestre a produção recuou, com a diminuição no ritmo de abate e também do peso dos animais enviados para os frigoríficos. Conforme o relatório do banco, estas medidas tomadas pelos suinocultores como forma de contenção do impacto dos custos de produção já começam a mostrar efeito no menos número de leitões, devido ao descarte de matrizes, e na continuidade da redução dos pesos dos animais vivos, o que fez os preços destes terem algum aumento neste terceiro trimestre. Apesar deste leve aumento, os preços ainda seguem 8% inferiores em comparação ao mesmo período do ano passado, mas o banco ainda estima para este trimestre mais realinhamentos positivos, devido à estação mais fria do ano e melhor ritmo de exportação. De forma geral, a expectativa é que a produção de carne suína este ano caia 1% em relação a 2021. MERCADO EXTERNO As exportações de carne suína para a China, principal parceiro comercial do Brasil para a proteína suinícola, caíram 38% em junho, de acordo com dados do banco. Ainda assim, o gigante asiático segue como o maior comprador do produto brasileiro, responsável por arrematar 37% da carne suína produzida no Brasil. Vale a pena ressaltar que, mesmo com o recuo da China nas compras, o banco coloca o ritmo de exportações de carne suína brasileira como positivos, com incremento de 282% nos embarques para as Filipinas no mesmo período, e alta de 45% nas exportações para Cingapura, segundo e terceiro lugares, respectivamente, nos rankings de exportações da carne suína brasileira. Para o segundo semestre de 2022, os analistas do banco se mostram mais otimistas, uma vez que os preços da proteína na China estão aumentando e há limitação de oferta do produto em algumas regiões. Soma-se a isso a desvalorização do real frente ao dólar, tornando a carne suína brasileira mais competitiva. Algumas oportunidades de exportação para a China ainda devem aparecer ao longo desta segunda metade do ano, aponta o banco, mas não devem reverter as perspectivas de diminuição do gigante asiático nas compras externas.


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