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Dólar vai abaixo de R$4,65 com manutenção de fluxos; greve do BC fica no radar

O dólar abandonou a estabilidade vista nos primeiros negócios desta segunda-feira e era negociado abaixo dos 4,65 reais, com participantes do mercado continuando a enxergar oportunidades de investimento no Brasil diante da alta das commodities e do patamar elevado dos juros locais, embora houvesse alguma cautela em relação à greve dos servidores do Banco Central. Às 10:02 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,68%, a 4,6352 reais na venda, rondando as mínimas do dia. Mais cedo, no pico da sessão, a moeda chegou a tocar 4,6760 reais (+0,20%). Na B3, às 10:02 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,51%, a 4,6675 reais. Com esse desempenho, a moeda norte-americana spot aprofundava suas perdas no ano para 16,75%, depois de na sexta-feira passada ter marcado sua 11ª queda semanal entre as 13 semanas de negociação completas de 2022. O dólar vem rompendo patamares técnicos de maneira sucessiva. No final de março, a divisa já havia registrado seu pior trimestre contra o real --líder global de desempenho no ano-- desde 2009, com queda de 14,55%. "Como o Brasil é um dos maiores exportadores de commodities do mundo, a redução da oferta destes bens no mercado internacional (devido à guerra na Ucrânia) aumenta seus preços e gera uma melhora nos termos de troca da economia brasileira, aumenta o superávit em conta-corrente e atrai capitais internacionais para o país", disseram em nota analistas da Genial Investimentos. "O resultado é um aumento do fluxo de dólares e valorização cambial. Como nossa avaliação é que este processo dificilmente será revertido no curto prazo, a trajetória de valorização do real deverá persistir ainda durante algum tempo."


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