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Saiba os cuidados para a qualidade da produção leiteira

Com produção anual de 34 bilhões de litros de leite, a cadeia produtiva brasileira segue padrões de qualidade para garantir valor nutricional e maior rendimento à produção Presente na mesa de grande parte da população global e com o Brasil ocupando a 4ª posição de maior produtor mundial, a indústria do leite é importante para a saúde dos brasileiros e também para a economia do país, com a geração de empregos diretos e indiretos, que passam por todos os elos da produção, desde o produtor familiar aos grandes laticínios, dos distribuidores aos minimercados, que levam o produto às mãos do consumidor. O setor movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano e gera mais de 4 milhões de empregos. Cenário bem diferente de pouco mais de 20 anos atrás, quando o Brasil era importador mundial de lácteos. Atualmente, o país tem a segurança do abastecimento e alimentação de 215 milhões de brasileiros. Hoje, dos 5.570 municípios brasileiros, 99% são produtores de leite. A produção anual do país gira em torno de 34 bilhões de litros de leite. Mas, antes de chegar à mesa dos brasileiros, o leite passa por processos determinantes que definem a qualidade do produto. O especialista e professor da Universidade Estadual de Goiás, Dr. Rodrigo Balduino Soares Neves, explica que na produção de derivados lácteos, as indústrias de laticínios demandam leite cru de alta qualidade. Alguns parâmetros definem a qualidade desse leite, como a composição química, padrão físico-químicos e carga microbiana, reflexo da higiene de obtenção. “Dessa forma, um leite é considerado de alto padrão de qualidade, quando apresenta alto teor de componentes nutritivos como: gordura, proteína, lactose e minerais (Cálcio); baixo contagem bacteriana (CPP) e células somáticas (CCS); ausência de agentes contaminantes como pesticidas e químicos; resíduos antimicrobianos abaixo do LMRs descrito na legislação vigente; isento de odores e defeito de sabor. Nessas condições, o leite de alta qualidade apresenta suas características sensoriais como sabor, odor e aparência que são capazes de satisfazer as exigências de qualidade dos consumidores”, frisa Neves. Esses parâmetros são compostos ao longo do processo, que inicia na nutrição das vacas e vai até o transporte do leite ao laticínio. Cinco fatores são cruciais nesta cadeia produtiva: alimentação e nutrição do animal, saúde e bem-estar animal, higiene da ordenha, temperatura e armazenamento e transporte do leite e, ainda, a qualidade da água. “As vacas merecem atenção especial na promoção da qualidade do leite. O produtor deve promover ações que mantenham as instalações higienizadas, garantam a nutrição adequada, conforme exigência dos animais, implante uma rotina de ordenha eficiente e identifique o perfil de agente microbiano prevalente”. Mesmo sem ter uma rotina de ordenha, o especialista indica seguir princípios básicos que incluem: ordenhadores bem capacitados; ordenha de tetos limpos e secos; aplicação de desinfecção de tetos antes da ordenha; adequada estimulação da ejeção do leite; ordenha eficiente e rápida do leite; desinfecção dos tetos após a ordenha. MAPA e os padrões de qualidade Visando garantir a qualidade do leite no Brasil foram implantados os padro~es de qualidade do produto cru que devem ser atendidos pelos produtores. Assim, o Ministe´rio da Agricultura, Pecua´ria e Abastecimento (MAPA) por meio daTEX Instruc¸a~o Normativa nº 76/2018 instituiu para^metros higie^nicos-sanita´rios. Constituindo destaque especial a Contagem Bacteriana Total (CBT) igual a 300.000 UFC/mL e a Contagem Celular Soma´tica (CCS) igual a 500.000 cél/mL, que sa~o internacionalmente reconhecidosTO AQUI como indicadores de qualidade do leite. “Por meio da análise de CBT e CCS, pode-se realizar o monitoramento da qualidade do leite, o que permite verificar as condições de produção, o cumprimento de normas de inspeção, o desenvolvimento de políticas públicas e a implantação de programas de remuneração, com base na qualidade. Além disso, tais análises podem constituir ferramentas importantes para que os produtores rurais possam melhorar o manejo, a sanidade dos rebanhos, a higiene, associadas ao investimento em genética animal, reprodução e alimentação”, destaca Neves. A realização periódica das análises de CBT e CCS, é feita por laboratórios para avaliar a qualidade do leite produzido. Em 2002 foi criada a Rede Brasileira de Laboratório de Controle da Qualidade do Leite – RBQL por meio da publicação da Instrução Normativa nº37, pelo MAPA. O monitoramento ininterrupto da qualidade do leite pelas indústrias de laticínios ocorre de forma compulsória estabelecida na Instrução Normativa nº77/2018 do MAPA. A Instrução estabelece que o leite de cada produtor deve ser avaliado, pelo menos uma vez ao mês, para CBT, CCS e composição, pelos laboratórios da RBQL. Processo de coleta de amostra pode ser determinante Mesmo que todo o processo de produção leiteira corra bem até a coleta para análise de qualidade, um hábito comum dos pequenos produtores rurais pode afetar o resultado final da qualidade do leite. “Os problemas de práticas inadequadas como o uso de frascos reutilizados, comuns no Brasil, para coleta de amostras, pode gerar diversos transtornos decorrentes de uma lavação inadequada; contaminação por químicos utilizados para lavar os frascos, como detergentes; contaminação por agentes externos ao deixar os frascos secarem em ambientes inapropriados. É um pequeno detalhe que pode comprometer uma produção inteira”, destaca a especialista da Embalpharma, Yara Osterkamp. Fatores críticos como a qualidade microbiológica, o PH e a detecção de água também interferem diretamente na qualidade do leite. E, para garantir a segurança e não comprometer as amostras, a empresa catarinense Embalpharma trabalha com diversas opções de kits para coleta de amostra de leite, com frascos estéreis de 50ml, contendo tampa que promove fechamento hermético, além de conservantes em pastilhas na medida exata para amostras de 50ml, como o Azidiol, para análise de contagem bacteriana (CPP), Brononata e Bronopol para contagem de células somáticas (CCS) e composição centesimal, ou sem conservantes nenhum. E vale lembrar que os produtos desenvolvidos para o leite são exclusivos e patenteados e, ainda, possuem aprovação nos órgãos certificadores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para o Brasil e no Instituto Nacional de Tecnología Industrial (INTI) pela Argentina.


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