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Dólar tem leve queda ante real com alívio em tensões Rússia-Ucrânia e juros domésticos altos

O dólar tinha leve queda frente ao real nesta terça-feira, acompanhando alívio internacional nos temores de que a Rússia estaria prestes a invadir a Ucrânia, enquanto o patamar elevado dos juros domésticos continuava atraindo fluxos estrangeiros. Às 10:16 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,36%, a 5,2005 reais na venda, e chegou a cair 0,5% na mínima do dia, para 5,1930 reais. Na B3, às 10:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,18%, a 5,2165 reais. A moeda norte-americana também caía no exterior, com o índice do dólar frente a uma cesta de seis rivais fortes em baixa de 0,25%, enquanto as bolsas europeias e os futuros de Wall Street tinham recuperação em relação a perdas registradas na véspera. [.EUPT] [.NPT] Investidores de todo o mundo respiraram aliviados nesta terça-feira com a notícia de que a algumas unidades militares da Rússia estão retornando às suas bases após exercícios perto da Ucrânia, depois de dias de alertas norte-americanos e britânicos de que Moscou pode invadir sua vizinha a qualquer momento. Na esteira dessa informação, "os ativos de risco estão apresentando movimento acentuado de tomada de risco", comentou em blog Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos. "Ainda devemos conviver com este risco por algum tempo. De qualquer forma, é natural supor que, se confirmado o recuo do exército russo, há algum prêmio de risco a ser consumido" nos ativos, acrescentou. Para além da tensão geopolítica, Kawa apontou a abertura das taxas de juros nos Estados Unidos --que ocorre quando o mercado precifica a aproximação de alta nos custos dos empréstimos-- e a percepção de uma postura mais apertada por parte dos principais bancos centrais como "um tema muito mais estrutural e com potencial de impacto mais persistente nos mercados". "Acredito que haja uma restrição de até que ponto os ativos de risco podem apresentar desempenho positivo" em meio a esse cenário, afirmou. Os rendimentos dos títulos soberanos dos Estados Unidos estão em máximas em mais de dois anos em alguns vencimentos, já que o banco central norte-americano, o Federal Reserve, praticamente confirmou que vai começar a elevar os juros em março. A maior parte dos mercados aposta que essa alta será de 0,5 ponto percentual, movimento agressivo que teria potencial de impulsionar o dólar globalmente. Mesmo assim, o real tem sido bastante resiliente neste início de ano --o dólar registrou na última sexta-feira sua quinta queda semanal consecutiva frente à moeda brasileira, e acumula no ano baixa de 6,5%. Vários participantes do mercado têm atribuído esse comportamento ao patamar elevado da taxa Selic, já que um maior diferencial de juros entre o Brasil e grandes economias torna o real mais atraente para investidores que buscam retornos elevados. Os custos dos empréstimos domésticos estão em 10,75% ao ano atualmente, enquanto, nos EUA, a taxa está próxima de zero. Na véspera, o dólar teve baixa de 0,44%, a 5,2195 reais, menor valor desde 6 de setembro do ano passado (5,1764 reais). O Banco Central fará neste pregão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para rolagem do vencimento de 1° de abril de 2022. FONTE: WWWW.NOTICIASAGRICOLAS.COM.BR


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