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Suplementação no período de águas reduz permanência no pasto

 Com a chegada do período de forragens verdes e abundantes nos pastos, mais conhecido como estação de águas na bovinocultura, é comum os pecuaristas diminuírem a suplementação do rebanho. Porém, seguir investindo em uma nutrição de qualidade nessa época do ano pode trazer resultados interessantes e lucrativos para o produtor que, dependendo da estratégia adotada, chega a dobrar o ganho de peso diário dos animais.

De acordo com o zootecnista José Leonardo Ribeiro, gerente de produtos de ruminantes na Guabi, o produtor que aproveita a boa oferta de forragem e qualidade do pasto para agregar nutrição ao rebanho, ganha em produtividade. “Tudo depende dos objetivos e do planejamento financeiro do pecuarista”, explica. Segundo ele, o investimento em suplementação, principalmente proteica e/ou proteico energética, pode fazer o gado engordar mais e chegar mais rápido ao peso desejado. “Isso diminui o tempo de permanência no pasto e a mão de obra, compensando o investimento em nutrição”, completa.

Tipos de suplementação x produtividade

O zootecnista relata a existência de três categorias de suplementação comumente adotadas para esta época do ano: a suplementação mineral pronto uso, a proteica e a proteico energética. Cada uma tem preços e rendimentos diferentes. Por isso, Ribeiro faz o cálculo, tomando como base um animal de 400kg em engorda/terminação no período chuvoso.

“Se o pecuarista optar pelo suplemento mineral pronto uso, com 4% de fósforo, o bovino consumiria de 80 a 100 gramas de suplemento e ganharia aproximadamente 500 g/dia, quando num pasto com boa oferta de forragem, sendo esta com bom valor nutricional. Nas mesmas condições, o fornecimento de um suplemento mineral protéico resultaria em aproximadamente 800 gramas de ganho de peso diário, mas o consumo se elevaria para 600 a 720 g/dia”, exemplifica.

Para finalizar, o zootecnista fala sobre a suplementação protéico energética, que elevaria o ganho de peso diário até aproximadamente 1.000 gramas, com o consumo diário variando de 1.200 gramas a 1.600 g/dia. “Estamos falando em quase dobrar o ganho de peso diário do rebanho”.

Apesar das vantagens em ganho de peso, Ribeiro alerta sobre a importância do pecuarista conhecer bem o seu negócio e entender que cada estratégia exige investimentos, infraestrutura e manejos diferentes. “Quanto maior o consumo diário de suplemento pelo animal, maior deve ser o espaço linear de cocho e a frequência de fornecimento. Isso demanda investimento e mão de obra”, explica. Ele aconselha que os produtores consultem empresas de nutrição e profissionais da sua confiança que possam auxiliar nos cálculos, o que facilitará a escolha da melhor nutrição para os objetivos do seu negócio.

Revista Rural
Foto: Adobe Stock



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