Para simplificar os procedimentos e
facilitar o acesso da população ao que é oferecido pelo Poder Público, a
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
implantou em território paulista o monitoramento de toda a cadeia de
agroquímicos e afins. A iniciativa faz parte do Programa de Modernização
e Desburocratização da Agricultura - Agrofácil SP, apresentado pelo
governador Geraldo Alckmin no último dia 20, na capital paulista (
leia mais aqui).
Ele é feito por meio do Sistema de
Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), empregando a tecnologia da
informação para acompanhar todo o fluxo de utilização destes produtos -
que são importantes para a produção agrícola, mas que se utilizados de
forma inadequada, podem trazer sérios problemas à saúde humana e ao meio
ambiente.
O Estado tem aproximadamente dois mil
produtos registrados para uso nas lavouras, com um pool de 193 empresas
fabricantes e 1.650 canais de distribuição destes produtos com cadastro
na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria. “Trata-se
de um número expressivo, por isso a preocupação em monitorar a
comercialização e utilização estes produtos, além do fato de ser uma das
competências legais da Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Desta
forma, esperamos garantir à população alimentos melhores, maior oferta e
um uso mais consciente destes produtos”, disse Fernando Gomes Buchala,
coordenador da Defesa Agropecuária.
Embora complexo, o sistema tem o
funcionamento simples. Todos os participantes da cadeia produtiva dos
agroquímicos têm obrigações e deveres para que o sistema funcione. São
eles, a indústria, canais distribuidores, empresas prestadoras de
serviço de aplicação, produtores rurais, engenheiros agrônomos e locais
de devolução de embalagens vazias. Cabe à Defesa Agropecuária o
monitoramento e intervenção quando necessário.
“O sistema Gedave inicia o monitoramento
no momento que a indústria gera um saldo de um produto a um
distribuidor”, explica o engenheiro agrônomo da Secretaria Rafael de
Melo Pereira, que junto à Defesa Agropecuária responde pelo Centro de
Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo. Algumas informações neste
ponto são relevantes, como quantidade, tipo de embalagem, lote, data de
validade. “Essas e outras informações irão acompanhar aquele produto
até o retorno da embalagem vazia, no que conhecemos como sistema de
logística reversa. Durante este fluxo, cada ator, dentro da sua
competência, fará o registro da venda, do uso, do receituário, bem como o
registro da devolução”, disse Pereira.
Estes procedimentos, embora pareçam
complicados, são imputados no programa de forma simples e intuitiva, não
havendo necessidade de um conhecimento amplo de informática. O sistema
prevê uma série de funcionalidades, além do monitoramento e do sistema
de relatório das atividades, para fins de auditório do processo.
Benefício para o produtor
O principal benefício para o produtor é a
confiabilidade de estar adquirindo um produto de qualidade em um
distribuidor devidamente registrado junto à Defesa Agropecuária, com o
controle da comercialização. O sistema vai desburocratizar muitos
processos que hoje são demorados, como a devolução de restos de
produtos, descarte de embalagens, entre outros. “Com poucos cliques, o
produtor realizará todo um processo que hoje demoraria pelo menos 120
dias, como é o caso da solicitação de recolhimento de produtos
vencidos”, explicou Pereira.
Para a população, o sistema ajudará
no uso correto dos defensivos, uma vez que com o monitoramento da compra
e da utilização, o Estado passe a ter produtos para o consumo com menor
risco de contaminação por resíduos.
Como consultar
O produtor terá vários tipos de consulta
no sistema Gedave, como, por exemplo, se um agroquímico tem registro
para uma determinada cultura, se o estabelecimento comercial ou empresa
aplicadora está regular com o Estado. “Isso aumenta a confiabilidade e
se reverte em benefícios para o produtor, que pode garantir em um
eventual questionamento que ele produz utilizando de forma correta estes
tipos de produtos, adquire em local registrado e garante que seus
produtos têm risco baixo de contaminação”, enfatizou o secretário de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim.
Além disso, existe o receituário
agronômico, que será eletrônico, dentro do sistema. O produtor terá
acesso a um leque de profissionais aptos a receitar um produto para sua
cultura, de acordo com a sua necessidade. Isso se traduz em segurança.
O acesso ao Gedave é feito pelo endereço: https://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br/
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